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Cidades

Cartão para telefone celular vira arma de golpistas

Redação | 23/12/2009 16:43

Os cartões para celulares pré-pagos transformaram-se em arma para golpistas e já são utilizados em vários tipos de situações em que pessoas são enganadas e acabam perdendo dinheiro. Além de serem instrumentos usados para enganar vítimas com falsos sequestros, eles têm sido o motivo de golpes menores, intensificados no final de ano.

Só ontem (22), foram registrados pelo menos três casos de pessoas e até de um comércio que caíram no golpe de estelionatários. Em todos eles o pedido para comprar um cartão de celular, raspar o número e informar por telefone fez parte da ação.

"Quando alguém pedir para raspar um cartão e passar o número por telefone, a pessoa já pode desconfiar", alerta o delegado Jéferson Nereu Luppe. Segundo ele, o procedimento mais adequado é informar ao estelionatário que o pedido dele está anotado e será atendido.

Segundo Jéferson, antes de efetuar qualquer operação que envolva dinheiro e créditos de celular, a pessoa deve verificar a veracidade do pedido, procurando o parente ou pessoa envolvida. Isso porque golpistas costumam mentir que são da família, e em alguns casos clientes ou amigos.

O delegado explica que o celular é o instrumento do crime organizado. Justamente por conta da necessidade de ter o aparelho em funcionamento para continuar aplicando golpes, os ladrões pedem a inserção de créditos.

A exigência acaba servindo como uma espécie de pista para que as pessoas não sejam enganadas. Por isso, a recomendação do delegado é que sempre que alguém receber uma ligação e quem estiver do outro lado da linha pedir um cartão telefônico, confira antes de concluir a recarga para que não caia em golpe.

Modalidades - Na noite de ontem, uma mulher de 56 anos foi vítima do chamado 'golpe do mecânico', no qual um estelionatário liga para alguém a cobrar e diz ser da família. Durante a ligação, o golpista mente que está na estrada com problemas no carro, e precisa de dinheiro para pagar um mecânico.

De acordo com Jéferson, essa é uma modalidade antiga de golpe, mas que tem sido aperfeiçoada. No caso de ontem, o bandido pediu R$ 400,00 e a vítima efetuou o depósito. Depois disso o ladrão pediu créditos de celular, foi quando a vítima desconfiou.

Outro golpe com cartão de celular envolveu um estabelecimento comercial, e foi aplicado na tarde de ontem. Segundo informado pelo gerente de um posto de gasolina à Polícia, uma funcionária do estabelecimento recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como delegado, de um centro de polícia que fica ao lado do posto.

Ele pediu treze garrafas de Coca-Cola para uma festa que estaria ocorrendo na delegacia. Junto com o pedido, o golpista solicitou sete créditos de celular no valor de R$ 100,00 cada. Os funcionários do posto de gasolina descobriram que se tratava de um golpe apenas quando foram entregar a encomenda para o verdadeiro delegado.

Luppe conta que há alguns dias golpe semelhante foi aplicado em outro estabelecimento da Capital. Um bandido ligou para uma padaria, dizendo ser de um laboratório que fica do outro lado da rua.

Ele fez então encomenda de doces e pediu para que o atendente passasse o número de um cartão de celular no valor de R$ 100,00. O golpista conseguiu o crédito e os funcionários da padaria descobriram o golpe apenas quando foram entregar os doces no laboratório.

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