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Cidades

Cartão postal do Estado, aquário fica pronto em 2011

Redação | 04/05/2010 12:09

O Aquário do Pantanal, projetado para ser referência mundial em pesquisa, turismo e contemplação de espécies nativas da região, terá suas obras deflagradas em no máximo 3 meses, dentro do Parque das Nações Indígenas.

Toda a megaestrutura deve ficar pronta até o fim do ano que vem, segundo o arquiteto Ruy Ohtake, criador do projeto. A obra custará cerca de R$ 80 milhões.

Os projetos arquitetônico e oceanográfico foram apresentados nesta manhã ao governador André Puccinelli (PMDB), ao prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e a técnicos da área, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Segundo Ruy Ohtake, idealizador do aquário, o projeto será distribuído em uma área de 17 mil metros quadrados, dentro do Parque das Nações Indígenas, com sua entrada voltada para a avenida Afonso Pena.

A estrutura tem 90 metros de comprimento e 18 de altura. O prédio possuirá um amplo saguão, equipado com banheiros, setor de informações, auditório para 250 pessoas, restaurante, lanchonete, biblioteca e bancada de interação, entre outros detalhes.

Escadas rolantes, comuns e elevadores próprios para portadores de necessidades especiais levam o visitante aos 20 tanques. São 16 no interior do aquário e quatro externos, além de um ambiente especial para as sucuris.

Nos ambientes externos, ficarão plantas nativas do Pantanal, jacarés, ariranhas e lontras, entre outros animais.

Conforme o arquiteto, a pessoa "mais apressada" levará 40 minutos para visitar todas as dependências do aquário. "Se o visitante for sem pressa, é capaz que consiga ver tudo em três horas", estimou.

O oceanógrafo responsável pelo projeto, Hugo Gallo Neto, explicou que o Cepric (Centro de Pesquisas e Reabilitação da Ictiofauna) será o primeiro "Word Class Aquarium" do Brasil, ou seja, o primeiro aquário do País que obedece a padrões internacionais.

O Aquário do Pantanal abrigará 263 espécies de peixes, com 7 mil exemplares e 4 milhões e 275 mil litros d'água.

Entretanto, haverá aquários específicos para espécies da Amazônia, do rio Paraná e do litoral brasileiro.

Os 20 tanques serão separados tematicamente, diferenciando espécies e ambientes do Pantanal e Bonito.

Alguns dos aquários temáticos terão piranhas, espécies que vivem nos rios Bonito, Miranda, Piquiri e Paraguai, que é o maior tanque projetado. Ele possuirá 1500 mil litros de água e será cortado por um túnel acrílico.

Com isso, o visitante poderá contemplar as espécies nas laterais e acima de sua cabeça.

Também haverá um tanque de observação, onde as pessoas poderão tocar alguns animais, e tanques voltados para ambientes específicos como manguezais, banhados, plantas ornamentais do Pantanal e da Amazônia, baías e corixos. Isso sem contar com um tanque para pequenos animais e peixes.

Dentro do auditório também será construído um aquário, logo atrás do palco.

O projeto também prevê um ambiente totalmente interativo, onde o visitante pode se informar sobre o clima, a água e os ecossistemas do Pantanal. Tudo isso por meio de slides, mapas, maquetes e aparelhos sensoriais, lupas virtuais e microscópios especiais para ver espécies minúsculas.

Os fundos do aquário dão acesso ao córrego do Parque das Nações. Lá também estão localizadas as instalações para os funcionários do aquário, o necrotério de animais, e a área de quarentena.

A idéia, segundo Hugo Gallo Neto, é transformar o aquário em um espaço de pesquisa, em parceria com as universidades, de fomento ao turismo e de incentivo à proteção do meio ambiente, desde a infância.

O prefeito Nelsinho Trad destacou o incremento ao turismo que o aquário trará para Campo Grande e o trabalho de conservação das espécies do Pantanal, para que elas não entrem em extinção.

"Será uma referência, um cartão postal do Estado, o portal de entrada para o Pantanal", disse.

O governador André Puccinelli destacou o caráter preservacionista que terá o aquário.

"Queremos mostrar ao mundo que aqui cuidaremos do Pantanal. Aqui, as escolas poderão ter um dia de aprendizado, firmando em nosso Estado a cultura da preservação", discursou.

Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, o valor do bilhete de entrada ainda não definido, mas terá preços populares. "Pensamos em algo parecido com o valor do cinema, de 10 a 15 reais", finalizou.

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