Casal de Jardim procurado por falsificar 124 documentos
Um casal residente em Jardim, cidade que fica a 226 quilômetros de Campo Grande, que emitiu 124 DOFs (Documentos de Origem Florestal) de transporte de carvão, está foragido da Justiça.
O esquema feito por Ivaldo Fernandes da Silva e Dizza do Carmo da Silva foi descoberto ano passado após um produtor rural ir até o Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) pedir informações sobre emissão de DOF, pois havia descoberto que o nome e a propriedade dele estavam sendo utilizados nestes documentos.
O Ibama então apurou o caso e constatou que na fazenda de Antônio Manoel Corre Bueno, que fica em Bonito, não havia produção de carvão nem de lenha e que ele não havia assinado nenhum DOF. Ficando constatado que os documentos foram falsificados por Ivaldo e Dizza.
O casal também falsificou DOF em nome de Onorina Arguelho Grubert, produtora rural em Bonito. Ivaldo e Dizza fizeram um contrato com Onorina para compra de lenha, no entanto o produto nunca foi retirado da fazenda.
Os foragidos ainda falsificaram DOFs em nome de um produtor rural de Porto Murtinho. O produtor não sabia da emissão e nem havia carvoaria instalada na fazenda.
Para o MPE (Ministério Público Estadual) os DOFs serviam para regularizar carvão irregular trazido de outros estados ou até do Paraguai. Os 124 documentos foram somente no período de julho do ano passado a fevereiro deste ano e equivalem a 6,2 mil m³ de carvão e 310 hectares de área desmatada ilegalmente.
Ivaldo e Dizza podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público e crime ambiental.
