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Cidades

Casas são marcadas para remoção e donos cobram definição

Redação | 13/09/2010 16:41

Além da água da mina e energia elétrica que vem de "gatos", os moradores de barracos às margens do córrego Bálsamo vivem de boatos e do sonho de ter um lar. As precárias moradias de madeira receberam números em vermelho sinalizando que serão removidas caso a prefeitura de Campo Grande assegure verbas no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).

Contudo, os moradores reclamam de desinformação. "Corre um boato", conta José Márcio Arce, de 40 anos. Ele, a esposa Antônia Ponte Vargas, de 33 anos, e a filha de dois anos moram no local há cinco meses.

O barraco é dividido com outras duas pessoas. A família sobrevive da coleta de materiais recicláveis e da venda das verduras cultivadas em uma horta. "Morava no Cabreúva, mas não tinha mais como pagar o aluguel de R$ 150".

Na moradia irregular não há água tratada e a energia vem de ligações que "puxam" a luz dos postes da avenida Guaicurus, no Universitária 2. Antônia também reclama da falta de informação, mas espera que o boato se transforme em um novo lar. "A gente não tem dinheiro para pagar aluguel e não dá para ficar na rua com uma criança". Ela relata que alguém contou que a casa foi marcada por duas mulheres que estiveram no local e se identificaram como sendo da prefeitura.

Izaltina dos Anjos Camilo, de 56 anos, também mora em um barraco. Ela chegou à Capital há um ano, quando deixou Rondonópolis (MT). "Fui até a prefeitura e me inscrevi para programa habitacional. Mas até agora nada".

Ela conta que o barraco foi a opção diante da falta de dinheiro para pagar aluguel. Ela mora com a filha e dois netos. A família ainda é formada por dois filhos de Izaltina, que estão presos.

Acabada

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