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Cidades

Catadores fecham lixão e Polícia Militar é acionada

Redação | 16/11/2009 10:49

Cerca de 100 catadores que trabalham no lixão de Campo Grande resolveram fechar na manhã de hoje os portões por onde entram os caminhões de lixo. O protesto foi organizado depois que a prefeitura interditou com terra 10 vias que dão acesso ao local.

"Eles estão impedindo nosso direito de ir e vir. é lei, não foi prefeito ou governador que inventou", reclamava a catadora Raquel Ferreira.

A manifestação também teve apoio de compradores do material reciclável. Duas equipes da Polícia Militar foram acionadas para conter os manifestantes e garantir a entrada das caçambas, barradas pelos catadores.

O protesto só terminou com a chegada do secretário de governo da prefeitura, Rodrigo Aquino. Aos trabalhadores, ele explicou que as ruas de acesso ao lixão foram fechadas no sábado, porque caminhões foram flagrado jogando entulho e dejetos em outras áreas da região.

"Identificamos o problema, fizemos fiscalizações para atuação em flagrante, mas começaram a fazer o despejo a noite", justifica Rodrigo Aquino.

"Para se ter uma idéia, só no sábado impedimos que 5 caminhões limpa-fossa despejassem dejetos lá", relata. Segundo ele, a interdição foi determinada para melhorar condições das pessoas que vivem no local.

Os trabalhadores aceitaram encerrar a manifestação, com o compromisso da reabertura das vias. Imediatamente uma retroescavadeira foi acionada para desobstruir as ruas. "Mas vamos abrir apenas um acesso estreito, para que caminhões não consigam passar", explica o secretário.

"Nós também vamos fiscalizar e chamar a Polícia quando alguém estiver jogando lixo em lugar não permitido. O que não pode é prejudicar o trabalhador", confirmou vice-presidente dos catadores do lixão, Sergio Rodrigues de Souza, de 28 de anos.

Os trabalhadores contam que ao fechar as ruas, a prefeitura impediu completamente o serviço, porque o único acesso passou a ser pela rodovia. "Foi uma covardia, todos têm carros muito velhos, não dá para pegar a estrada", avalia o comprador, Cristiano Gamarra.

Mesmo com o acordo fechado para a liberação das vias, os catadores dizem que vão ficar no local até a abertura, caso contrário, ameaçam voltar a fechar os portões.

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