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Cidades

Celular sem aval da Anatel é sucesso de vendas em camelô

Redação | 08/09/2009 15:43

Rádio, MP3, recepção do sinal de TV analógica, câmera e a possibilidade de utilizar chips de duas operadoras transformaram o celular modelo "Dual chip" em fenômeno de vendas e sonho de consumo, principalmente entre os adolescentes ávidos por novas tecnologias.

Mas, em Campo Grande, o celular é ignorado pelo comércio tradicional, e só é encontrado no Camelódromo. Lá, sem nota fiscal ou garantias, é possível comprar o modelo dual chip com preços entre R$ 350 (à vista) e R$ 580 (parcelados em até quatro vezes no cartão).

O desinteresse por parte dos grandes fabricantes também fica visível em âmbito nacional. Somente em abril deste ano, a Samsung trouxe o modelo, com o nome de B5702, para o mercado nacional, ao preço de R$ 899. Contudo, esse único aparelho homologado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não é encontrado nas lojas especializadas na Capital.

No Camelódromo, um vendedor, que não será identificado, conta que vende o aparelho há quatro meses. "A procura é grande. Vendi mais de 100 aparelhos. O lucro é de quase 100%", relata. No local, um segundo comerciante diz que, por diversas vezes, já consertou modelos dual chip no box onde oferece serviço de assistência técnica para celulares.

Sem homologação da Anatel e testes do Inmetro, os riscos da compra correm inteiramente por conta do cliente. "Um dos riscos é a falta de compatibilidade com o sistema adotado no Brasil", alerta um especialista na área.

Ele cita, por exemplo, o caso de um aparelho de identificador de chamada com preço muito acessível do outro lado da fronteira, mas que quando chega ao Brasil não funciona, simplesmente por falta de compatibilidade entre os sistemas.

Contudo, se o o produto é o celular, o cáculo do consumidor tende a ser simples e desconsiderar itens como segurança do aparelho e a falta de assistência técnica em caso de defeito. "Você mede o risco, custa R$ 800 e lá é R$ 300. Para alguns, vale a pena mesmo se estragar".

A Anatel reforça que a maioria dos celulares trazidos do Paraguai não tem homologação no Brasil, portanto, em caso de problema, não há para quem reclamar. A agência ainda alerta que a operadora tem direito a bloquear a linha até o usuário obter um aparelho com homologação em território nacional.

A homologação de um aparelho de celular leva em consideração apenas questões técnicas e de segurança, ou seja, desde que o aparelho atenda esses quesitos, a tecnologia dual chip é permitida em território nacional.

"Os telefones celulares precisam, para serem habilitados pelas operadoras do Serviço Móvel Pessoal e utilizados no Brasil, ser homologados pela Anatel. Isto garante que eles são compatíveis com as tecnologias adotadas no País e atendem requisitos técnicos de funcionamento e condições de garantia, de assistência técnica e de qualidade", esclarece a agência.

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