ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Cidades

Cerimônia na Base Aérea de Campo Grande marca 54 anos do Esquadrão Pelicano

Edmir Conceição | 09/12/2011 10:59
Operação de resgate em helicóptero do Esquadrão Pelicano. (foto: Divulgação).
Operação de resgate em helicóptero do Esquadrão Pelicano. (foto: Divulgação).

A Base Aérea de Campo Grande realiza nessa manhã cerimônia em comemoração aos 54 anos de uma dos mais emblemáticos esquadrões da Força Aérea, o 2º/10º Grupo de Aviação, conhecido como Esquadrão Pelicano. Autoridades militares e civis participam da solenidade, no pátio de estacionamento de aeronaves.

Histórias emocionantes para ilustrar a trajetória do Esquadrão Pelicano não faltam. Cada um de seus militares tem inúmeras missões que ficarão marcadas para toda a vida, mesmo que a rotina militar os leva para outros rincões do Brasil. Uma delas marcou a história recente da aviação brasileira, como uma grande tragédia: o resgate do Boeing da Gol que caiu ao sul do Pará divisa com o norte de Mato Grosso, numa região de mata fechada e de difícil acesso. Os 154 passageiros e tripulantes morreram.

O Esquadrão - O 2º/10º GAv foi criado em 6 de dezembro de 1957 na Base aérea de Cumbica, em São Paulo (SP). Em 1972 foi transferido para a Base Aérea de Florianópolis (SC) e em 20 de outubro de 1980, mudou-se para a Base Aérea de Campo Grande, sua atual sede.

Responsável por buscas e resgates em todo o Brasil e até em alguns países vizinhos, chegam às mais distantes localidades brasileiras num espaço de tempo reduzido, devido a essa localização estratégica de em Mato Grosso do Sul, região central do País. É este esquadrão que responde ao Alerta SAR (Search and Rescue) Brasil e é considerado um dos mais importantes da Força Aérea Brasileira. Ao longo de sua existência, participou de mais de 3,2 mil operações reais, voando cerca de 30 mil horas e resgatando mais de 6 mil pessoas.

O esquadrão age como forma de suporte a todas as operações da FAB, bem como resgatando aeronaves civis, militares, navios e embarcações. Contando atualmente com aviões C-105 Amazonas e helicópteros H-1H equipados para atender a qualquer situação de emergência na terra ou no mar, mecânicos, observadores, pilotos entre outros profissionais, estão prontos para decolar a qualquer momento.

Os Pelicanos mantêm 24 horas por dia, durante todo o ano, uma equipe de prontidão, um avião Amazonas especialmente equipado para missões de busca e um helicóptero UH-1H para resgates, prontos para decolar, qualquer que seja o destino.

As missões de busca geralmente são realizadas pelos tripulantes dos Bandeirantes. Mais rápida que o helicóptero, a aeronave alcança os mais distantes pontos do País em poucas horas. Porém, muitas vezes a base do helicóptero de resgate encontra-se distante do local do acidente e como o pouso do avião exige pista, o papel do pára-quedista nessas circunstâncias torna-se fundamental, representando a diferença entre a vida e a morte de uma vítima de acidente aeronáutico ou o socorro imediato a náufragos em perigo - os homens de resgate podem ser lançados a partir de uma aeronave de busca, agilizando assim, o atendimento aos sobreviventes.

O Pelicano também participa de ações de misericórdia. São feitas missões de socorro, remoções de emergência de pacientes em estado grave para centros de maiores recursos médicos, atendimentos médicos, apoios em caso de catástrofes naturais entre várias campanhas sociais (incluindo a campanha anual de multivacinação em toda região do Pantanal e Amazônia), buscando sempre o apoio à população civil. A vantagem está na versatilidade dos profissionais que, após intenso treinamento, estão aptos para chegar a lugares de difícil acesso. A contribuição social da equipe é essencial e as missões são solicitadas pelo Governo Federal.

Nos siga no Google Notícias