ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Clima retrai epidemia de dengue, mas impulsiona casos de gripe

Natalia Yahn | 30/03/2016 13:20
Vacinação contra gripe começa no dia 30 de abril. (Foto: Arquivo)
Vacinação contra gripe começa no dia 30 de abril. (Foto: Arquivo)

Campo Grande tem 16 casos suspeitos de H1N1 – vírus popularmente conhecido como gripe suína – registrados em 2016. Até agora apenas um paciente teve a doença confirmada, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública).

A gripe começa a ganhar força enquanto as notificações de dengue diminuem na Capital. A média diária de casos notificados de dengue caiu 47% em Campo Grande, quando comprado os registros de janeiro e abril, conforme dados do boletim epidemiológico divulgado pela Sesau ontem (29). Já são 22.429 notificações de dengue, desde o dia 1° de março são 147,2 casos notificados de todos os dias na Capital, mas no mês de janeiro foram 311,6 notificações diárias.

“Os casos de H1N1 sempre preocupam. Mas agora é o início do período das infecções respiratórias. Cai a temperatura e há tendência maior das pessoas ficarem em ambientes mais fechados, favorecendo a troca do vírus. Enquanto isso a proliferação do mosquito Aedes é lenta, justamente por conta do clima menos favorável”, explicou o médico infectologista e representante da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio da Cunha.

Ele alerta para que as pessoas fiquem atentas aos casos de gripe, para diferenciar a forma mais grave da doença. “Quando a febre persiste por mais do que três dias, sempre alta e não cede. Além da tosse, que pode sugerir pneumonia. Nestas situações pode estar relacionada a H1N1 e suas variações”.

Os dados de influenza, atualizados até essa terça-feira (29), ainda não incluem a investigação do caso da mulher de 32 anos internada em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Unimed. Ela já teria H1N1 confirmado por exame laboratorial, mas a Sesau afirma que ainda não foi notificada sobre o caso.

Venâncio explica que os vírus da influenza A – H1N1 e H3N2 – já estão inseridos no Estado desde 2009, mesmo assim os cuidados para evitar a doença precisam ser feitos. “Já são sete anos com o vírus em circulação, e há dois anos as pessoas ainda estava relutantes em ser vacinadas. É importante vacinar, em especial idosos e gestantes, além de tomar as precauções individuais de higiene, limpar o nariz, proteger o espirro e sempre lavar as mãos com água e sabão”, disse o médico.

No boletim epidemiológico de influenza, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) no dia 17 de março, a Capital tinha 11 casos notificados. Mas em apenas 12 dias, a Sesau confirmou mais cinco pacientes com suspeita da doença.

Casos - Nos 76 primeiros dias do ano, ainda durante o verão, Mato Grosso do Sul já tinha registrado uma morte por H1N1, além de 60 casos notificados de outros tipos de influenza A, que inclui o vírus H3N2. Os casos foram registrados entre 1° de janeiro e 16 de março. Mas, a partir do dia 2 de fevereiro foram 45 casos notificados em 43 dias, passaram de 15 para 60 - aumento de 75%.

O paciente que morreu por conta da doença era de Corumbá, a 420 quilômetros de Campo Grande, onde o número de casos notificados chega a 44, o maior entre os cinco municípios que registram a doença até agora. Além de Campo Grande, casos de gripe também foram notificados em Ponta Porã (3), Caarapó (1) e Ladário (1).

O segundo boletim epidemiológico da SES – divulgado no dia 17 de março –, aponta que desde o início do ano até o dia 16 de março, 151 amostras foram encaminhadas para triagem no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública). Os dados estaduais apontam cinco casos confirmados, quatro de H3N2 em Campo Grande e um de H1N1 em Corumbá. Porém na Capital, a Sesau confirmou apenas um caso.

No primeiro boletim eram 15 casos notificados – um em Campo Grande e 14 em Corumbá. Além de 57 amostras avaliadas pelo Lacen, com quatro confirmações – três na Capital (de H3N2) e um em Corumbá (de H1N1).

Desde 2009 até 2015 foram registradas 86 mortes por influenza A – 15 causadas por H3N2. Somente no ano passado foram sete mortes, uma delas por H1N1.

A Capital teve 255 notificações de influenza em 2015, com 34 casos positivos – dois para H1N1, 24 para H3N2 e oito para influenza B. Ao todo foram sete mortes, uma por H1N1, quatro por H3N2 e duas por influenza B.

Vacinação - A Campanha Nacional de Imunização contra a influenza começa em Mato Grosso do Sul a partir do dia 30 de abril, quando também será o dia da mobilização conta a doença em todo o Brasil. A vacinação esta prevista para acontecer até o dia 20 de maio.

Nos siga no Google Notícias