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Cidades

Clube de Tiro diz que presos não têm perfil de sócios

Redação | 25/06/2010 14:23

Os três homens detidos pela Polícia Federal, durante a Operação Recarga, não tem o perfil de quem frequenta o Clube de Tiro de Campo Grande, garante o presidente Wanderley Barbosa Alce. Dos três acusados, apenas um era associado, identificado como Alex, e caso seja condenado, será excluído.

Os acusados estavam com armas de grosso calibre e praticavam o comércio clandestino, de acordo com a PF. Alce disse que dos outros dois detidos na Operação Recarga, um já havia sido membro do clube, mas foi excluído há alguns anos, após ter sido preso. Os nomes não são divulgados, mas o ex-sócio foi identificado como Augusto. O outro, morador de Paranhos, nunca fez parte da agremiação, diz o presidente do Clube.

Mesmo assim, a prisão não reflete o comportamento dos 360 associados, garante. "Temos regras muito rígidas, a fiscalização é feita pelo Exército", explica.

Segundo a PF, a 5ª Vara da Justiça Federal expediu mandado de prisão contra armeiros clandestinos, sócios do Clube de Tiro de Campo Grande e comerciantes da Capital que estariam vendendo armas nacionais e internacionais de diversos calibres e respectivas munições sem autorização. As armas entravam do Paraguai por Paranhos e seguiam para venda na Capital.

Para se associar ao clube é preciso passar por várias entrevistas e apresentar comprovantes das justiças federal, militar e estadual. Além disso, a compra de armas e munição só pode ser feita na indústria brasileira ou países que fabricam. "Não é permitido comprar armas no Paraguai, onde não há indústria. E para importar uma arma, é preciso preencher muitos formulários", conta. Em Campo Grande, apenas uma loja de armas conta com armeiros registrados.

Em todo Estado, há 600 filiados na Federação de Tiro. De acordo com Alce, nunca houve incidentes com armas contrabandeadas. As armas dos associados são constantemente fiscalizadas pelo Exército, que também verifica onde é guardada a munição. "Não se pode ter munição ou armas sem a devida documentação, ou usa-las no clube. Qualquer infração e o associado é expulso, além de perder a licença do Exército para participar", ressalta Alce.

No Estado, os atiradores costumam realizar competições e reuniões durante o final de semana. Porém não há muito patrocínio ou incentivos, de acordo com o presidente, e há poucos atletas competindo nos campeonatos estaduais.

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