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Cidades

Clubes questionam taxa por direitos autorais no Carnaval

Redação | 19/02/2009 15:18

Diretores de clubes que promoverão festas de Carnaval neste ano questionam os critérios do Ecad para a cobrança de taxas a título de direitos autorais das músicas tocadas durante o baile. Em alguns casos, a taxa chega a representar quase 50% do gasto dos clubes com a banda.

O diretor social do União dos Sargentos, Ademar Cardoso, afirma que falta coerência na fixação da taxa. "Falta um critério justo e permanente", diz. Ele afirma que foi informado pelo Ecad que o fator para cobrança dos direitos autorais nesta época aumenta porque o único período do ano em que as músicas de Carnaval são exploradas em clubes. "O evento tem o mesmo custo de produção. Não pode haver critérios diferentes para cada período do ano", diz.

No União dos Sargentos a taxa estipulada para este ano foi de R$ 5,3 mil. Ademar afirma que este valor é inviável. "Temos uma reunião às 17 horas para entrar em um acordo. Não podemos pagar isso", afirma, explicando que a negociação se arrasta há duas semanas.

Para o Estoril, o Ecad estipulou taxa de R$ 16,5 mil, quase metade do valor que será gasto com a banda, de R$ 37 mil. Depois de muita negociação, a diretoria do Estoril conseguiu baixar algo em torno de R$ 200,00 do valor inicial.

"Faz cálculo, cutuca de cá, cutuca de lá e chega a este valor", diz o diretor social da Associação Luso-Brasileira, José Reis Pouso Salas. Ele afirma que o cálculo para chegar ao montante a ser descontado é bastante complexo.

Entre os itens que se considera está o número de pessoas ou expectativa de venda. Calculando um público médio de 1,2 mil por dia, chega-se ao total de aproximadamente 6 mil pessoas durante as cinco noites de baile e duas matinês.

Como a taxa total é fechada antes da festa, a diretoria do clube tentará reunir mais pessoas que a estimativa inicial e, desta maneira, aumentar o lucro. Salas revela que em 2008 a associação completa 80 anos e comemoração prevê muitas novidades.

Durante as matinês, haverá artistas para pintar as crianças e o Estoril fez uma cobertura na entrada do clube para que os foliões não se molhem em caso de chuva. Ele ressalta ainda que reforçou o sistema de prevenção a incêndio e também reforçou o esquema de segurança.

O diretor revela que a expectativa para este ano é boa e que poderá contar com foliões até do Rádio Clube, que já não realiza a festa. Uma placa de propaganda do Estoril foi colocada no Rádio, para chamar os sócios a particupar da festa do Estoril.

"Vamos tentar abocanhar este pessoal e esperar que as pessoas não saiam de Campo Grande", conclui Salas.

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