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Cidades

Coleta seletiva e conscientização são caminhos para resolver problema com lixo

Construção de aterros também é solução para diminuir impactos ambientais

Yarima Mecchi | 17/11/2016 12:38
Clovis Benvenuto recomenda ampliação da coleta seletiva. (Foto: Alcides Neto)
Clovis Benvenuto recomenda ampliação da coleta seletiva. (Foto: Alcides Neto)

O problema do lixo atinge todo o Brasil e de acordo com o vice-presidente da ABLP (Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública), Clovis Benvenuto, a ampliação da coleta seletiva e a conscientização da população para que separe o lixo reciclável é o caminho para amenizar os problemas que atingem Campo Grande.

O Estado, de acordo com ele, tem taxa de recuperação de recicláveis acima que a média nacional, são 5,56% contra 4,08% a nível nacional. O que Benvenuto pondera é que essa taxa não é necessariamente de reciclados. Mas ainda assim a cidade precisa da ampliação na coleta seletiva e da ajuda da população para que o sistema dê certo.

Como engenheiro e empresário do setor de consultoria e projetos ambientais, ele afirma que não se deve permitir os catadores no lixão e por isso uma ampliação da coleta. "Nunca se deve deixar o catador no lixão. O lixão tem que ser recuperado em encerrado. A condição da cidade está progressiva".


Ele alega que como a cidade tem um aterro sanitário está a frente nas questões de impacto ambiental. "Claro, vamos investir em seletiva, reciclagem, geração dos recicláveis para fazer a economia circular. O reciclável tem que se tornar reciclado. A coleta seletiva é meio e não fim".


Benvenuto acredita que em 20 ou 30 anos uma mineralização pode ser feita no antigo lixão para que haja a mineração dos componentes. "Vai inertizar o resíduos e de certa forma minerar".

Elcio Terra afirma que penúltima etapa da coleta seletiva começa em dezembro. (Foto: Alcides Neto)
Elcio Terra afirma que penúltima etapa da coleta seletiva começa em dezembro. (Foto: Alcides Neto)

Estado - Em relação ao nível estudal ele recomendou que as prefeituras façam uma união para a criação de aterros sanitários por região. "É fundamental, mas precisa dos planos de gestão. A parte política tem que ficar de lado, é uma gestão pública e não interessa partidário", destacou.

Taxa de lixo - O engenheiro afirmou ainda que é possível a criação da taxa de lixo por parte dos gestores, assim como há o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Ele afirmou que no Brasil 66% dos aterros já recolhem taxa de lixo e 32% dos lixões. Em relação aos que não recolhem são 34% dos aterros e 68% dos lixões. "É legal, pode existir e as prefeitura podem implementar".

Dados - O superintende da Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo e manutenção do aterro sanitário, Elcio Terra, afirmou que em dezembro vai haver uma ampliação da coleta seletiva em Campo Grade. Ele alegou que está é a penúltima etapa do projeto e que em maio de 2017 será feita a última.

"Está faltando duas etapas para concluir e atualmente cobre 77% da cidade. São 33 setores de coleta e a UTR (Unidade de Triagem de Resíduos) suporta toda a coleta da cidade e não precisa ser ampliada".

Terra disse ainda que por mês são coletadas 22 mil toneladas de lixo e 390 de recicláveis e que o aterro que foi inaugurado em dezembro de 2012 já está com 39% da capacidade total. Em relação ao lixo hospitalar são 100 toneladas por mês. Ao todo são 381 coletores e 54 veículos para atender a cidade.

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