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Cidades

Com 15 mil notificações, total de casos confirmados de dengue é incógnita

Nícholas Vasconcelos | 28/01/2013 18:34
Para Ministério, prioridade é tratamento e não confirmação laboratorial da dengue. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Para Ministério, prioridade é tratamento e não confirmação laboratorial da dengue. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Enquanto Campo Grande enfrenta uma epidemia com 15 mil notificações de dengue, ainda não há informações oficiais sobre o número de casos confirmados da doença por meio de exames.

O último relatório das confirmações laboratoriais divulgado pela Prefeitura é do dia 21 deste mês, quando o Diário Oficial do Município indicou 71 confirmações. Naquele dia, a publicação trouxe o relatório que levou ao decreto de situação de emergência e a Capital registrava 7.697 notificações, metade das registradas hoje.

A explicação pela falta de informações vem de orientação do Ministério da Saúde, que tem um protocolo que determina o tratamento como prioridade sobre a confirmação.

“Se a pessoa tem a confirmação clínica, apresenta os sintomas, estamos em meio a uma epidemia e ela mora no bairro que tem epidemia, já começamos o tratamento independente do resultado do exame”, disse a diretora de Vigilância e Saúde do Estado, Bernadete Lewandonwski.

A especialista explicou que durante a epidemia é apenas os casos de óbito passam obrigatoriamente por exames, para saber se as pessoas morreram “com dengue” ou “de dengue”, se ela apenas tinha a doença transmitida pelo Aedes aegypti ou se foi a dengue foi causadora da morte.

Também é feito somente por amostragem o chamado isolamento viral, que serve para identificar se a dengue é tipo 1, 2, 3 ou 4. Atualmente, o tipo 4 é a grande preocupação das autoridades em Saúde e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, já foi registrado em 4 pessoas, na Capital e em Anastácio.

Notificação de dengue é feita a partir dos primeiros sintomas da dengue, diz especialista. (Foto: Luciano Muta)
Notificação de dengue é feita a partir dos primeiros sintomas da dengue, diz especialista. (Foto: Luciano Muta)

Além da chamada planilha simplificada, há o método do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificações), onde o paciente chega ao consultório, passa por exames e o acompanhamento é feito de maneira mais detalhada até o encerramento do caso.

“Mas esse levantamento é apenas para levantamento epidemiológico, não clínico porque o paciente já esta em tratamento”, explicou Bernadete.

Mato Grosso do Sul continua com 4 casos investigados de dengue, de duas moradoras de Campo Grande, um de Sidrolândia e um jovem de Aquidauana.

Na sexta-feira (25), um adolescente de 15 anos morador de Nova Andradina morreu com suspeita da doença em Dourados, mas a Secretaria estadual ainda não foi notificada oficialmente.

Dois casos já foram confirmados pela direção do HR (Hospital Regional), mas ainda aguardam resultados do Lacen (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul). Em alguns casos, as amostras são recolhidas e enviadas para laboratórios de fora do Estado, como o Instituo Adolfo Lutz, em São Paulo (SP).

A expectativa é de que até o fim dessa semana comecem a chegar as confirmações das causas das mortes.

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