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Cidades

Com 77% de adolescentes bebendo, Capital é 2ª em casos de embriaguez

Nadyenka Castro e Evelyn Souza | 24/06/2013 16:47

“Bebo vodka, vinho, cerveja, mas bebo mais vodka”, conta o estudante de 15 anos, que conversa tranquilamente sobre o assunto e ainda revela que o primeiro gole foi quando era ainda mais ‘criança’. “Comecei a beber aos 13 anos”.

Ele e outros tantos garotos de Campo Grande colocam o município em terceiro lugar no ranking entre os estudantes de capitais com idade entre 13 e 15 anos que já ingeriram bebida alcoólica.

A informação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que no ano passado, questionou 1.953 alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas da Capital. A garotada respondia às questões da Pense (Pesquisa Nacional do Escolar) em palmtop, individualmente, o que dá mais crédito as informações.

De acordo com a pesquisa, 77,1% dos estudantes entrevistados assumiram que bebem. Dentre eles, 14,6% confessaram que já protagonizaram episódios de embriaguez. Dado que coloca Campo Grande como a segunda capital com mais adolescentes estudantes que ficam bêbados. A primeira é Florianópolis, Santa Catarina.

Essa garotada consegue bebida alcoólica em quatro locais principais, entre eles, a própria casa. Ambiente em que alguns afirmam ver pais e responsáveis tomando goles e goles. “Meu pai e minha também bebem”, afirma o menino que estuda no 7º ano de uma escola pública.

O menino é um dos 10,2%, em todo o País, que tem acesso ao álcool no ambiente familiar. E está inserido também no grupo de 21,8%, no Brasil, que consegue bebida alcoólica com amigos.

E não são só meninos que bebem. As meninas também fazem uso das mesmas bebidas. “Já bebi vodka. Experimentei em festas”, fala uma estudante de 14 anos. Ela está entre os 39,8% que têm acesso a estas bebidas em festas.

Os adolescentes também conseguem adquirir bebida alcoólica no comércio, mesmo sendo proibida a venda para menores de 18 anos. Conforme a Pense, entre os estudantes que bebem, 15,6% compram.

Os dois estudantes têm em comum o fato de familiares também beberem e da família não se importar com isso, pelo menos, segundo o que eles dizem. Situação que representa 10% dos meninos e meninas entrevistados pelo IBGE em todo o País.

Outros 5,9% declararam que a família se importa pouco com o consumo de bebida alcoólica. No entanto, a maioria – 89,7% - afirma que pai e mãe não gostariam de vê-los bebendo.
Conforme o relatório da Pense, o consumo precoce de álcool pode causar 60 tipos de doenças na vida adulta e influencia o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Além disso, pode comprometer o rendimento escolar e deixar a pessoa violenta.

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