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Cidades

Com cadeias rachadas e sem água, Polícia pede socorro

Redação | 21/01/2010 17:46

Celas com rachaduras e armários usados como porta em delegacias do interior refletem a situação de unidades da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul. Instalações elétricas e hidráulicas deficientes e falta de segurança também foram problemas identificados durante vistoria feita pelo Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul).

As deficiências apontadas estão em um relatório entregue à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) dia 18 deste mês. Desde outubro, os diretores do Sindicato percorreram quatro delegacias, em Brasilândia, Jardim, Rio Verde de Mato Grosso e Três Lagoas.

Todas apresentam problemas que, segundo a entidade, causam transtornos aos presos, mas também aos policiais.

De acordo com o presidente do Sinpol/MS, Alexandre Barbosa, as situações mais graves foram observadas em Brasilândia, Jardim e Rio Verde.

Ele revela que rachaduras compromentem a estrutura da delegacia de Brasilândia. O prédio aparenta ser antigo e tem problemas visíveis também no telhado. As janelas tem grades de segurança semelhantes as de uma residência.

Em Jardim, falha no sistema de abastecimento de água compromete até as condições de higiene no 1º DP (Distrito Policial). A limpeza é feita com uma mangueira, que também é usada para levar água aos presos, que armazenam o líquido em garrafas pet.

O promotor de Justiça de Jardim, Gevair Ferreira Lima Junior, poderá pedir a interdição da delegacia da cidade devido à falta de estrutura.

Desde setembro, uma porta da unidade está quebrada. A alternativa usada para barrar o acesso à delegacia foi fechar o DP com armários. Ao redor da unidade existem buracos perto do chão das paredes.

Já em Rio Verde, onde já houve motim de presos, existe uma casa do albergado ao lado do prédio. O muro que cerca o distrito policial também é baixo, fator que favorece a entrada de albergados no DP.

Ainda no domínio da delegacia, porém, fora do prédio, existe matagal que pode ser usado como ponto de apoio a fugas.

Já em Três Lagoas, uma das maiores cidades do Estado, a situação não é muito diferente: existem deficiências nas instalações elétricas, sanitária e hidráulica, informa o sindicato no relatório.

DGPC - Por meio da assessoria de imprensa, a DGPC (Diretoria Geral da Polícia Civil) destaca que as delegacias têm passado por reformas. Entretanto, existem prazos para a execução das obras.

Os responsáveis pelas unidades precisam apresentar três orçamentos de empresas que poderão realizar os serviços. No caso de Jardim, o processo para a reforma está nesta fase.

O delegado Jefferson Nereu Lupe, da assessoria de imprensa, explica que somente em casos graves podem fazer serviços em caráter emergencial. Ele esclarece que falta de água e luz configuram problemas graves, já a porta, não.

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