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Cidades

Com onda de ataques a caixas, Exército amplia controle sobre explosivos

Aline dos Santos | 04/06/2012 10:10

Empresa deve apresentar plano de segurança e ter capital mínimo de R$ 200 mil

Explosivos são usados em caixas eletrônicos. (Foto: Fernando da Mata)
Explosivos são usados em caixas eletrônicos. (Foto: Fernando da Mata)

Dentro de seis meses, o uso de explosivos – fundamentais para o crime da moda em Mato Grosso do Sul: explosão de caixas eletrônicos– terá maior controle no Brasil. O Exército, responsável por controlar materiais, publicou uma portaria ampliando a fiscalização.

Na obtenção de registro para o exercício de atividade com explosivo, deve ser apresentado o plano de segurança e a indicação de um responsável. Já para o exercício das atividades de fabricação ou comércio de explosivo, o interessado deve possuir capital social mínimo de R$ 200 mil.

Conforme a portaria, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, o plano de segurança deve descrever todos os elementos do sistema, assim como abranger as instalações internas, as áreas de operação e as rotas de transporte. Toda a operação de carregamento deve ser acompanhada com registro em vídeo.

Enquanto que o veículo deve, pelo menos, possuir sistema de rastreamento com capacidade de bloqueio do compartimento de carga, além de travamento.

As empresas autorizadas a exercer atividade com explosivos devem comunicar a DFPC (Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados), dentro de 24 horas, as ocorrências de furto, roubo, perda, extravio ou recuperação de explosivos e acessórios.

No prazo de dez dias, o comunicante deve encaminhar ao Exército cópia do Boletim de Ocorrência e as informações sobre as apurações realizadas pela empresa. Na semana passada, em Campo Grande, o Exército realizou um seminário sobre a fiscalização destes produtos.

Pelos ares - Para explodir caixas eletrônicos, os bandidos utilizam explosivos normalmente desviados de pedreiras. Em 2011, foram dois roubos no Mato Grosso, que, juntos, pesam 500 quilos. Além de roubo, não é descartada a entrada de explosivos pela fronteira com o Paraguai.

O crime exige perícia. A pessoa que explode ou "fura" um terminal de autoatendimento precisa saber o momento exato de apertar o dispositivo de explosão, colocar a quantidade certa e aplicar a força correta, tudo para que não atinja as cédulas.

Em fevereiro deste ano, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) revelou que um preso planejava explodir a muralha do presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima. A intenção era colocar duas bananas de explosivos na parte de trás do muro que circunda o presídio, em Campo Grande.

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