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Cidades

Com prisão decretada desde 6ª, jornalista continua livre

Redação | 01/06/2010 15:44

Ainda não foi cumprido o mandado de prisão preventiva do jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, que em novembro do ano passado matou o menino Rogério Pedra Neto, de 2 anos, durante uma briga de trânsito. A prisão foi decretada na sexta-feira passada, mas até agora o jornalista não foi preso nem se apresentou a autoridade policial.

Uma das suspeitas é de que a defesa de Agnaldo esteja aguardando o julgamento de um habeas corpus para tentar livrá-lo da prisão. O pedido ainda não aparece na consulta ao site do Tribunal de Justiça. O advogado dele, Valdir Custódio da Silva, não foi localizado pelo Campo Grande News para falar do assunto.

Agnaldo, segundo foi informado à Justiça, está morando em Praia Grande (SP), para onde também foi enviado o mandado de prisão contra ele.

No processo sobre a morte de Rogerinho, aparece a informação de que o oficial de justiça sequer conseguiu intimar Agnaldo sobre a próxima audiência do caso. Na casa onde ele vivia aqui, a informação é de que está em reformas.

A prisão do jornalista foi solicitada pela acusação sob a alegação de que Agnaldo estaria obstruindo o trabalho da Justiça, faltando às audiências marcadas e até forjando uma separação da esposa, para evitar que bens pertencentes ao casal fiquem bloqueados. A família de Rogerinho move uma ação contra o jornalista e pede indenização de R$ 1,3 milhão.

A acusação alega que Agnaldo forjou a separação da esposa após a família de Rogerinho ingressar com a ação. Consta do processo que a separação foi oficializada enquanto o jornalista estava preso no Instituto Penal de Campo Grande.

O advogado de Agnaldo, Valdir Custódio, alegou que o casamento do jornalista com a esposa teve fim em agosto de 2009, quando ela descobriu um filho de 27 anos que ele teve fora do casamento. Segundo ele, a separação foi consensual.

Custódio afirma que a separação foi assinada no presídio porque há previsão de que o cartório compareça com o livro de registro no local onde está a pessoa impedida de transitar, mediante pagamento de uma taxa.

O juiz do caso, Carlos Alberto Garcete, porém, afirmou que a Corregedoria de Justiça proíbe a retirada de livros de registro do cartório. Ele solicitou informações do sistema penal sobre as visitas recebidas por Agnaldo no dia em que a separação foi consumada.

O caso tem nova audiência no dia 21 de maio.

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