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Cidades

Com receita de R$ 1,6 mi e poder político, entidade tem três na disputa

Aline dos Santos | 26/02/2014 14:05
Comando da associação é disputada por três candidatos. (Foto: Divulgação)
Comando da associação é disputada por três candidatos. (Foto: Divulgação)

Com receita anual de R$ 1,6 milhão e 2.972 aptos a votar, a eleição da ACS/MS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar), segunda maior força sindical dos servidores públicos estaduais, acontece na próxima sexta-feira, dia 28.

O comando da associação é disputado por Edmar Soares da Silva, atual presidente, Cláudio Mário Salvador Menezes de Souza, atual vice e que se lançou como oposição, e André Lúcio Gonçalves Rodrigues, que disputou eleição a vereador pelo PRTB em 2012.

Candidato à reeleição, Edmar aposta no trabalho já realizado e nega apoio de políticos. “Tenho o trabalho para mostrar, não preciso correr atrás de apoio político”, afirma. Segundo ele, durante sua gestão foram 2.200 promoções de praças; recuperação salarial de 43% para soldado, 35% para cabo e 30% para subtenente-sargento; além da compra de uma sede de campo, localizada na saída para São Paulo.

A chácara de 3,5 hectares foi adquirida por R$ 290 mil e outros R$ 100 mil são destinados para reforma, com campo de futebol suíço, campo oficial de futebol e piscina olímpica. De acordo com ele, as novas propostas são piso nacional de R$ 4.500 e exigência de ensino superior para ingresso na PM. Sobre o rompimento com o vice, Edmar conta que nem questionou, pois a eleição é um processo democrático.

Na chapa de oposição, Cláudio Mário afirma que a ACS está submissa ao governo do Estado. “Temos que tirar da submissão. Não tem estrutura para trabalhar, o salário não ajuda”, diz. O candidato propõe que a remuneração para soldado seja de 25% do salário de coronel, mais alta patente da PM, carga horária definida por lei e promoções automáticas . “Ficam até oito anos esperando promoção”, salienta.

Ele cita que Edmar participou de propaganda do governo e tem apoio do deputado estadual Cabo Almi (PT) e do comando da corporação. “Como é candidato natural deles, o [comando] não vai trabalhar contra”, diz. Ainda segundo ele, a terceira chapa é “laranja” do ex-presidente José Florêncio Irmão Melo.

Terceiro concorrente, André Lúcio promete priorizar a valorização salarial. “Em comparação com os outros Estados, estamos nas últimas colocações salariais. Enquanto pesquisa nacional mostra que somos uma das melhores polícias do Brasil”, afirma.

O candidato também defende promoções automáticas, jornada de 44 horas semanal e pagamento de hora-extra. “Trabalhamos de graça”. André confirma o apoio do ex-dirigente da associação, mas rebate a acusação de ser “laranja”.

“O Melo nos apoia sim. Foi o melhor presidente que a entidade já teve e acredita nas nossas propostas. Mas nem sócio ele é. Se a gente for eleito, o presidente vai ser eu, com o Vilela”, diz. Mário Vilela é vice na chapa.

Com urnas eletrônicas e voto em trânsito, a eleição será realizada das 7h às 16h de sexta-feira. De acordo com o presidente da comissão eleitoral, Silwalter Hagner Cano da Silva, a apuração deve levar um dia. “Temos que receber toda a documentação e fazer a recontagem”.

As urnas serão distribuídas por 22 municípios. A eleição é para presidente e vice, presidente do conselho fiscal e diretores regionais.

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