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Cidades

Com trabalhos em dia, mutirão da Justiça em Campo Grande só cumpre calendário

Bruno Chaves | 21/03/2014 17:50

Por recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Tribunais de Justiça de todo o País realizaram, entre os dias 17 e 21 de março deste ano, a Semana Nacional do Júri com o objetivo de finalizar processos de crimes dolosos contra a vida.

“No tocante a Campo Grande, estamos com os trabalhos em dia. Mesmo assim, aderimos ao movimento nacional e agendamos os júris”, disse o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos.

O magistrado explica que o Tribunal de Justiça do Estado mantém uma celeridade na realização dos processos, diferente do que acontece em outras capitais do Brasil. “Muitas capitais estão sobrecarregadas. A da Bahia, por exemplo, são mais de 15 mil processos. A de Minas Gerais, 10 mil”, exemplifica.

Por esse fato, Aluízio avalia como importante a realização do mutirão pelo País. Ele ressaltou que nos cinco dias de mutirão, 18 dos 20 júris programados foram realizados com êxito. “O primeiro que não realizados foi porque o réu está preso em Pernambuco e outro porque o advogado apresentou um atestado de saúde”, afirmou.

Conforme o juiz, os processos julgados na Semana Nacional, em Campo Grande, são recentes, de 2012 para cá. “São processos triviais, comuns. Nenhum deles foram casos de grande repercussão. Quando existe um caso assim, damos prioridade”, pontuou.

Os processos julgados nos cinco dias foram, em sua maioria, de homicídio qualificado. “A avaliação que fica, a nível nacional, é muito boa, já que em muitos estados a situação é precária”, afirma.

“A vida precisa ser valorizada. Eu, em Mato Grosso do Sul, quando o réu está preso em flagrante, em cinco meses coloco o réu em júri. Então estamos em dia e tribunal sempre esteve atento a essa realidade. A gente participou da Semana Nacional para acompanhar o CNJ”, esclareceu.

Dados – Conforme o CNJ, com a realização da Semana Nacional do Tribunal do Júri em todo o Brasil, a expectativa é e que mais de três mil sessões de júri sejam pautadas. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa era de 115 julgamentos nas 52 comarcas instaladas.

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