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Cidades

Comando da PF suspende operações por falta de verba

Redação | 13/08/2010 12:00

O comando da Polícia Federal suspendeu suas operações devido à falta de verbas. A suspensão tem prazo indeterminado.

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o comando da PF determinou a superintendentes e diretores regionais o bloqueio de verbas para operações.

Uma circular do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, alertou os delegados que os cortes de R$ 122 milhões, de janeiro a maio, mostra que a situação é grave.

A medida fez com que gastos do dia a dia das unidades e as diárias pagas a delegados e agentes estão sofrendo corte de 40%.

O ofício de Corrêa, de 6 de junho, foi encaminhado uma semana após o decreto do presidente que reduziu em 3,5% o limite de pagamentos da PF, que já estavam comprimidos desde março.

No documento Corrêa diz que a PF deveria ter recebido R$ 64 milhões por mês até maio, mas o valor ficou em R$ 39,6 milhões: "Esse deficit tende a se agravar (...) de modo que não há perspectiva de melhora nas liberações".

No início do ano, projetos de investimentos e modernização haviam sido adiados. A medida foi tomada depois que Lula baixou o decreto que impôs à PF redução de 14% na administração das unidades e de 36% para o Funapol, fundo de custeio de despesas com transporte, hospedagem e alimentação de policiais em missão.

O diretor de Programa da Secretaria Executiva do Ministério da Justiça, Adélio Martins, confirmou o problema, mas disse que obteve liberação emergencial de R$ 58 milhões e que as verbas da PF serão descongeladas a partir de 20 de setembro: "Sabemos das dificuldades. E, se houver emergência, vamos pegar dinheiro emprestado de outros órgãos do ministério e repassar à polícia", disse a reportagem da Folha.

No Estado, apenas neste ano foram cinco grandes operações: Atenéia, de combate ao tráfico de meninas para a prostituição; Jaguar, que desmantelou uma quadrilha que promovia caça a onças; Postal, que descobriu pessoas que mandavam maconha pelo correio; Damasco, sobre a atuação de uma quadrilha da qual fariam parte policiais civis traficando drogas e Recarga, que levou a apreensão de várias armas ilegais e contrabando.

Há outras operações que aconteciam no Estado mas eram geridas por delegacias de outras unidades da federação.

A PF também atua no combate ao tráfico de drogas e em inúmeras ações na defesa da fronteira. São 250 homens em cinco delegacias em todo o Estado.

Atuação Polêmica - A PF foi protagonista de casos rumorosos nas últimas campanhas presidenciais.

Em março de 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a PF apreendeu R$ 1,34 milhão em um escritório da empresa Lunus, da então candidata a presidente Roseana Sarney (PFL), que despontava como favorita para vencer as eleições presidenciais.

Roseana desistiu de concorrer ao Planalto, e o tucano José Serra logo assumiu o segundo lugar nas pesquisas.

Em 2006, a Polícia Federal desarticulou uma tentativa de compra por parte de petistas (os "aloprados") de um dossiê contra José Serra (PSDB), que disputava o governo paulista. Um delegado da PF tirou e divulgou fotos do dinheiro apreendido.

O desgaste provocado pelo escândalo impediu que o presidente Luis Inácio Lula da Silva vencesse a eleição no primeiro turno.

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