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Cidades

Comando vai investigar bombeiros donos de bar e boate

Redação | 17/06/2009 14:36

Depois de investigação da Polícia Civil e denúncia do Ministério Público, o comandante do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, coronel Ociel Ortiz Elias, anunciou a abertura de inquérito policial militar para investigar dois membros da corporação que seriam proprietários de uma boate e um bar na Capital.

Se a denúncia for confirmada, os militares podem ser suspensos do posto ou serem transferidos para a reserva. Pela legislação, é proibida essa relação comercial de membros da corporação, porque o funcionamento de clubes e boates depende de alvará fornecido pelo Corpo de Bombeiros, que elabora laudo sobre as condições de segurança, como extintor, saída de emergência, entre outras medidas.

A Polícia Civil informou que o tenente coronel Leonardo Varanda Coimbra é o proprietário da Tango Danceteria Bar, casa que funciona há mais de 10 anos em Campo Grande.

Já o Ministério Público Estadual denuncia que o coronel Carlos José Roledo é um dos sócios do Miça Bar, na Avenida Afonso Pena. Os dois estabelecimentos ficam no Jardim dos Estados.

A investigação começou pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), que instaurou inquérito para investigar a Boate Tango.

O clube funciona sem licença ambiental, conforme o delegado Fernando Villa de Paula.

A Polícia entrou no caso quando vizinhos denunciaram a boate por causa do barulho à noite, segundo o delegado.

No comando O coronel Ociel informou que a corporação não tinha conhecimento da participação de bombeiros no caso dos empreendimentos. No projeto de segurança aprovado pelo Corpo de Bombeiros, o proprietário do Tango seria Abdias Ferreira Coimbra. O comandante informou que ele é o pai do coronel Leonardo. Já a proposta do Miça informava que o proprietário é Eugênio Rafael Roledo Moretti.

Para o Corpo de Bombeiros, conforme Ociel Ortiz Elias, não existia nenhuma irregularidade. O alvará do Tango foi concedido em março deste ano e do Miça, em novembro do ano passado.

A promotora Tathiana Corrêa Pereira da Silva Façanha, comunicou o comando que os bombeiros são os reais proprietários dos dois estabelecimentos. Ela até anexou cópia de um contrato, que coronel Roledo seria um dos sócios do Miça.

Instaurado ontem, o inquérito policial militar deverá ser concluído em 30 dias. O resultado da investigação será encaminhado ao MPE.

Fantasma - O dono do Tango já foi denunciado na coluna Jogo Aberto, do Campo Grande News, edição do dia 2 de junho. A disposição do gabinete do deputado Marquinhos Trad, o militar quase não aparece na Assembléia, mas ganha R$ 13 mil por mês.

Na tarde de hoje, no gabinete do deputado Marquinhos Trad, a informação foi de que Leonardo trabalhou pela manhã e no outro período "faz trabalhos para o deputado na rua".

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