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Cidades

Comerciante morto já havia sido assaltado outras 4 vezes

Redação | 08/05/2010 09:56

O comerciante Valdemir João da Cruz, de 59 anos, que morreu nesta madrugada após levar dois tiros em um assalto já havia tido o estabelecimento, que fica na avenida das Bandeiras, Vila Nhá-Nhá, em Campo Grande, invadido outras quatro vezes. No último assalto, ocorrido há quatro anos, ele foi baleado no braço.

Funcionário de Cruz há 33 anos, Adailton Fermino da Silva, de 53 anos, conta que ele já estava tão "descrente" com a ação da Polícia que até parou de registrar boletim de ocorrência da ação dos bandidos. "Nunca soube de ninguém que foi preso pelos assaltos aqui", revela.

Silva presenciou o crime na noite de ontem. Ele contou que fechava as portas do comércio pelo lado de fora, quando sentiu um cano de revólver encostado em sua costela e ouviu um homem anunciar o assalto.

Próximo dali estava uma motocicleta parada embaixo de uma árvore, e o outro assaltante desceu e entrou no mercado se dirigindo ao caixa, onde estava a esposa do proprietário.

Após pegar a quantia, começou a discutir com a mulher reclamando que havia pouco dinheiro.

"Maninho", como era conhecido Cruz, morava no mesmo prédio do estabelecimento comercial, um sobrado. Ao sair do banheiro, viu a discussão com sua mulher.

Foi quando o bandido o rendeu e segurou as mãos dele atrás do corpo. Maninho tentou se defender, mas foi atingido pelo disparo feito pelo ladrão que estava na entrada do estabelecimento.

Com um corte na mão, o funcionário conta que entrou em luta corporal com os assaltantes para que eles não conseguissem fugir na motocicleta em que estavam. Eles escaparam a pé do local e não foram localizados.

O comerciante chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada no Hospital Regional.

O corpo ainda não foi liberado do IML (Instituto Médico Legal), para onde foi encaminhado. O velório deverá ser feito no Cemitério Memorial Park.

Tragédia - A família de Cruz está bastante abalada. O filho dele tentou falar sobre o caso, mas emocionado não conseguiu completar a entrevista.

Vários clientes e amigos estão indo ao local do crime, onde também fica a casa da vítima, consternados com o caso.

Auxiliar de serviços gerais, Unaldo Soares de Menezes, de 64 anos, desabafou que é difícil aceitar as circunstâncias da morte do amigo. "O Maninho era uma pessoa de ouro", diz.

Investigações - Até o momento a Polícia não tem informações do paradeiro dos assaltantes. O boletim de ocorrência foi registrado no Cepol como lesão grave e depois teve completada a informação da morte da vítima.

Entretanto, as investigações sobre o caso terão início apenas na segunda-feira (10), e deverão ser feitas pela Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos).

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