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Cidades

Comerciante que provocou acidente com morte se apresenta

Redação | 12/01/2009 16:55

Três dias depois de provocar dois acidentes, um que causou a morte do jovem Anderson André de Souza, o comerciante Evaldo Maciel, de 52 anos se apresentou à Polícia Civil. Na tarde desta segunda-feira ele esteve no 1º DP, em Campo Grande, acompanhado pelo advogado Geraldo Rezende Vicentin.

O comerciante vive em Rio Verde, estava de passagem pela Capital com destino a Ponta Porã, quando se envolveu em duas colisões em menos de meia hora, na madrugada de sexta-feira. Ele não quis conversar com a imprensa, mas por meio do advogado apresentou justificativas.

Segundo informou Geraldo Vicentin, o motorista seguia em uma camionete Hilux pela rua Calógeras, quase no cruzamento com a Fernando Correa da Costa quando conta ter sido surpreendido por dois homens em uma moto.

A dupla teria batido na porta da camionete. Mesmo sem ver qualquer arma, o comerciante disse que ficou assustado e fugiu, sem ver se o sinal estava vermelho. Assim que avançou, aconteceu a primeira colisão, contra um veículo Saveiro, ocupado por um casal.

O comerciante seguiu e pouco tempo depois se envolveu em outra colisão, desta vez com morte. Ele diz que subiu pela Calógeras até a altura da Costa e Silva, virou à esquerda, depois pegou uma das ruas que dá acesso à Rui Barbosa e ao chegar na avenida Eduardo Elias Zahran atingiu a motocicleta dirigida por Anderson, sem mencionar se o sinal estava verde ou vermelho.

Evaldo conta apenas que fugiu do local porque ouviu um barulho, que julgou ser um tiro. Na verdade era o som do impacto com a moto, diz ter descoberto depois.

A versão dele contraria a de testemunhas que presenciaram o segundo acidente. Elas contaram que Evaldo estava na Zahran e fez um conversão irregular à esquerda. A placa foi anotada por testemunhas.

Justificativas - O advogado resume o caso com frase de efeito: "Meu cliente é uma vítima que produziu vítimas."

Segundo a defesa, Evaldo estava na casa de uma irmã nos últimos dias e só não procurou a Polícia antes porque "estava muito abalado".

O delegado Fabiano Gastaldi esclarece que o comerciante será indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e lesão corporal dos 3 sobreviventes, crimes qualificados pela omissão de socorro e evasão do local.

Evaldo assumiu o compromisso de levar a camionete até o Instituto de Criminalística para que seja elaborado o laudo pericial. A Polícia também vai ouvir 5 testemunhas e os sobreviventes.

Um deles, Carlos Alberto de Souza da Silva, de 21 anos, era passageiro da motocicleta Suzuki 125 preta, que foi colhida pela caminhonete. Ele continua na UTI da Santa Casa com traumatismo craniano e o estado de saúde é considerado grave.

O casal que estava no Saveiro teve ferimentos leves e também prestará depoimento.

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