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Cidades

Comerciantes cobram definição sobre rodoviária velha

Redação | 03/03/2010 07:20

Um grupo de 50 comerciantes do antigo terminal rodoviário de Campo Grande protesta na manhã desta quarta-feira e pede definição rápida da prefeitura quanto à destinação do prédio, que ficou à míngua após a desativação.

Em 1º de fevereiro o novo terminal rodoviário, na saída para São Paulo, iniciou atividades e desde então o antigo foi fechado com tapumes e teve início o período de agonia para os comerciantes locais.

Munidos de faixas com a frase: "Chega de humilhação, revitalização já", comerciantes cobram ações para garantir o fluxo de consumidores no condomínio. O protesto se concentra na rua Barão do Rio Branco, onde agentes de trânsito disciplinam o fluxo de veículos.

A presidente da Comissão de Comerciantes, Rosana Nely de Lima, diz que o objetivo da manifestação é chamar a atenção do poder público para que haja uma definição em relação ao projeto para o prédio.

"Pode ser uma universidade, pode ser centro médico, desde que beneficie a gente", disse. Em relação à proposta de transferência do Camelódromo para o local, ela disse que também aprova.

Hoje, 60 de 239 lojas do condomínio estão abertas. Antes da mudança do terminal para a saída para São Paulo, eram 85 estabelecimentos em funcionamento, segundo os comerciantes.

Após 35 anos instalada no local, a comerciante Tereza Coda, 72 anos, fechou as portas de seus dois pontos. Os três funcionários foram demitidos e, com abertura esporádica das lojas, as contas começaram a atrasar. "Com o tapume a gente fica com medo de abrir, porque fica isolado", explicou.

Para Tereza, é preciso pensar em um projeto que garanta movimento no local, como implantação de uma estação para ônibus de turismo. "Camelódromo demora, tem que ser imediato", defende.

O microempresário Milton Luz Bellos, 66 anos, conta que aos 23 anos abriu sua loja, de administração de imóveis, no condomínio. Ele diz que seu movimento não caiu, porque tem clientes fixos, mas lamenta o abandono do prédio. Ele sugere parceria entre poder público e o condomínio para revitalização das plataformas e do prédio e diz que há 20 dias já apresentou sua proposta para o vice-prefeito, Edil Albuquerque.

Segundo Bellos, o estopim para manifestação dos comerciantes foi a informação, extraoficial, de que a Prefeitura pretende desapropriar o condomínio pelo valor de avaliação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), de R$ 400,00 o m².

Na semana passada, o prefeito Nelsinho Trad recebeu representantes da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) que querem o prédio para a instalação de uma unidade em Campo Grande. A idéia foi bem recebida pelo Município, que passou a trabalhar nesse projeto.

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