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Cidades

Comitê da dengue atende, primeiro, só cidades próximas à Capital

Flávia Lima | 07/01/2016 09:49
Agentes de saúde em São Gabriel do Oeste, uma das cinco cidades escolhidas para testar o plano de combate a dengue. (Foto:Divulgação)
Agentes de saúde em São Gabriel do Oeste, uma das cinco cidades escolhidas para testar o plano de combate a dengue. (Foto:Divulgação)

A proximidade com Campo Grande e a estrutura completa de recursos humanos foram determinantes para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) escolher os cinco municípios que já iniciaram as ações elaboradas pelo Comitê Estadual de Combate a Dengue, que será lançado oficialmente nesta quinta-feira (7), pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Castro.

De acordo com o coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, as cidades de São Gabriel do Oeste, Bonito, Maracaju, Bataguassu e Costa Rica, estão servindo de teste para o projeto de combate a dengue elaborado pela Secretaria de Saúde e foram escolhidas porque já contavam com uma boa estrutura de agentes de endemias, além de estarem a uma distância da Capital que permite facilidades logísticas, como viagens diárias de técnicos e funcionários da secretaria que estão atuando diretamente nas ações de combate.

A cidade de Taquarussu estava na lista para implantação do projeto-piloto, mas acabou sendo retirada. As ações no município devem ter início na segunda-feira (11).

Entre os municípios inicialmente escolhidos, Bataguassu é o que está mais distante, com 335 quilômetros e o mais próximo é São Gabriel, com 140 quilômetros. "O número de notificações também influenciou, mas para nós o importante é obter o mais rápido possível as informações enviadas pelos agentes para avaliarmos a eficácia do projeto e o que deve ser alterado", explica.

Mauro Lúcio ressalta que os últimos quatro dias foram suficientes para avaliar as ações e corrigir falhas. A agilidade do trabalho vem sendo possibilitada devido aos 260 tablets doados pela Receita Federal, que enviam em tempo real as informações computadas pelos agentes.

O projeto elaborado visa o trabalho dos agentes. Segundo o coordenador de vetores do Estado, a base das ações está nas visitas domiciliares dos agentes, que tem o objetivo de identificar e eliminar os focos de proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

Os agentes não realizarão limpeza de quintais ou terrenos, o trabalho será garantir que novos focos não surjam nos locais visitados. Os obstáculos encontrados durante a tarefa, como um morador que não permita a entrada na residência ou não autorize o agente a eliminar algum objeto que retenha água, é imediatamente computado no tablete, que envia a informação a central de monitoramento, instalada na Secretaria de Saúde do Estado.

"Com essas informações podemos verificar que atitude tomar ou mandar ao local que ficou a pendência, uma equipe específica com poder jurídico para entrar na residência e eliminar o foco", ressalta.

Quanto ao fumacê, Mauro Lúcio diz que ele ocorrerá apenas nas regiões em que houve concentração de notificações. Nas áreas onde há casos suspeitos isolados, o agente irá utilizar a bomba costal para aplicar o inseticida. "O fumacê obedece critérios do Ministério da Saúde para ser utilizado. Não adianta aplicar de forma indiscriminada que não surtirá efeito. Há também a preocupação com o meio ambiente, já que o produto é forte", afirma.

A partir de segunda-feira (11), as ações terão início em 17 cidades, escolhidas oficialmente para o começo das ações.

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