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Cidades

Comunidade japonesa une forças para enviar doações a vítimas de tsunami

Ricardo Campos Jr. e Fabiano Arruda | 15/03/2011 13:10

Dinheiro será depositado na conta de entidade nacional

 Comunidade japonesa une forças para enviar doações a vítimas de tsunami

Preocupados com a situação de caos que se instalou no Japão depois do terremoto e do tsunami, que atingiram o país oriental na madrugada do último dia 14, membros da Associação Nipo-brasileira de Campo Grande mobilizam a comunidade e a população da Capital a colaborar com uma campanha que pretende arrecadar dinheiro para ajudar as vítimas.

O presidente da associação Bernardo Tibana explica que não é possível o envio de alimentos, remédios, roupas e outros, por causa da dificuldade no transporte. A unida ajuda possível neste momento, segundo ele, é dinheiro.

Trata-se de uma mobilização que está sendo feita a nível nacional por uma entidade chamada Bunkyo, que congrega todas as associações nipo-brasileiras no País. “A Associação é como se fosse uma filial. Foram disponibilizadas duas contas. A verba será revertida para a compra de produtos lá no Japão”, explica Tibana.

Um telão foi colocado em uma das salas e a conversa, feita por meio de webcam, era transmitida em tempo real a todos os participantes.

A campanha será "lançada" oficialmente em Campo Grande após uma missa que será celebrada na próxima sexta-feira, ás 18h30, na paróquia São Judas Tadeu em memória dos mortos na tragédia.

"Vamos aproveitar para mibilizar mais pessoas", diz Tibana.

Célio conversou com sobrinho por teleconferência na manhã de hoje. (Foto: JOão Garrigó)
Célio conversou com sobrinho por teleconferência na manhã de hoje. (Foto: JOão Garrigó)

Pela manhã aproximadamente 30 pessoas entre membros e diretores da Associação se reuniram para acompanhar uma teleconferência com um campo-grandense que está no país afetado. O objetivo foi ter uma ideia da situação que está sendo vivida no Japão.

Celso Oshiro e a família estão longe da Capital há 22 anos. Eles vivem em Gunma, a mais ou menos 300 quilômetros do epicentro do terremoto. No local foi sentido somente o tremor. Ele comentou a respeito da dificuldade de conseguir água, alimentos e combustível, tendo em vista que o governo libera de 10 a 12 litros por pessoa.

Acelino Sinjo Nakasato, tio de Celso, conversar com o parente trouxe tranquilidade. “No início fiquei sete horas sem contato e agora estou tranquilo que meu sobrinho está bem. Estou preocupado somente com a questão dos racionamentos”, comenta o diretor da associação.

Tibana acredita que a catástrofe fará grande parte dos brasileiros que vivem no Japão pensarem em retornar. Para ele, quem está a mais tempo tem mais chances de voltar . “Cada um tem sua maneira de pensar e analisar a realidade para voltar ou não”.

Contato - Pela manhã, Yoshihiro Taíra, 56 anos, foi até a sede da Associação Nipo-brasileira pedir ajuda para contatar o irmão Yoshihiro que mora na cidade de Kanagawa. Ele contou que há 1 ano e meio o parente mudou de endereço e desde então não teve mais contato.

“Ele não passou para mim onde estava trabalhando. Aí, por conta dos acontecimentos, me ocorreu de tentar encontrar ele porque há mais de um ano não tenho contato”, disse Yoshihiro.

A Associação Nipo-brasileira entrou em contato com a embaixada brasileira no Japão para tentar localizar o irmão de Taíra.

Como participar - Os interessados em ajudar podem fazer depósitos direto nas contas da Bukyo, listadas abaixo:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CULTURA JAPONESA E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - BUNKYO

CNPJ: 61.511.127/0001-60

BANCO BRADESCO

Agência: 0131-7

Conta Corrente: 112959-7

ou

BANCO SANTANDER

Agência: 4551

Conta Corrente: 13090004-4

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