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Cidades

Conselho quer política de tratamento e prevenção ao uso de drogas em MS

Leonardo Rocha | 14/01/2014 11:58
O promotor Sérgio Harfouche quer política de prevenção e tratamento (Foto: Arquivo)
O promotor Sérgio Harfouche quer política de prevenção e tratamento (Foto: Arquivo)

O presidente do Conselho Estadual Antidrogas (Cead/MS), o promotor Sérgio Harfouche, ressaltou que a produção da política estadual de drogas no Estado precisa atender três questões essenciais nesta luta.

A prevenção, o tratamento dos dependentes e a redução da oferta, com atuação contra o tráfico (drogas) tanto na região da fronteira, como nas cidades.

Harfouche explicou que esta política que já foi apresentada a governadora em exercício, Simone Tebet, e deve ser publicada pelo governo estadual em março, foi o resultado de discussões, debates e fóruns nos últimos três anos.

“Tivemos vários encontros municipais e regionais, antes de tudo sabemos que é preciso ter um alinhamento com a política nacional, para que as ações sejam em conjunto”.

O promotor ressaltou que na prevenção devem ser feitas campanhas nas escolas e a sociedade, mostrando os malefícios do uso das drogas e os transtornos gerados às famílias.

“O jovem precisa ter acesso a estas informações, para não entrar neste mundo”.

Em relação ao tratamento aos dependentes, ele citou que em Mato Grosso do Sul existem apenas oito leitos, no Hospital Regional, disponíveis para estes usuários.

“Temos que aumentar de forma significativa o número de leitos aos dependentes, eles só conseguirão sair deste pesadelo, se houver a internação para a desintoxicação”.

O promotor diz que o tratamento psicológico só terá efeito, depois desta fase clínica. “Não adianta fazer de outra forma, não terá resultado, tenho uma lista de 150 mães que querem internar seus filhos, mas não tem onde deixar”.

Ele ainda destaca que só aqueles com “poder aquisitivo” maior podem internar seus filhos em clínicas particulares. “A mensalidade chega até R$ 7 mil por mês, quem pode pagar isto? 90% da população não têm condições”.

Redução – O presidente do conselho ressalta que a diminuição da oferta também é importante nesta luta, com a repressão e atuação “pente fino” tanto na região da fronteira, como nas cidades. “Sabemos que o foco é as grandes apreensões (drogas), mas temos que coibir o tráfico nas escolas, nos bairros também”.

Harfouche aponta que Mato Grosso do Sul deve ser um dos estados “chaves” na política nacional de drogas. “Um terço das drogas apreendidas no país foi no nosso Estado, a posição geográfica nos faz reféns desta situação”.

Recursos – O promotor ponderou que as instituições que fazem este trabalho (dependentes) precisam se adequar as regras, para conseguir recursos federais.

“Se tiverem regularizadas poderão receber recursos, a Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) liberou R$ 130 milhões em 2013, apenas três instituições do Estado tiveram acesso a este apoio”.

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