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Cidades

Consumo de álcool aumentou em 18% o número de mortes

Redação | 21/01/2009 13:07

Um estudo feito pelo Ministério da Saúde constatou que houve aumento no número de mortes por doenças relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas.

O número passou de 10,7 mortes por 100 mil habitantes em 2000 para 12,64 em 2006, o que corresponde a uma elevação em 18,3%, em seis anos.

Os dados usados pela pesquisa foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no Brasil referentes aos anos de 2000 a 2006.

Neste período, 92.946 óbitos tiveram como causa doenças relacionadas exclusivamente ao uso do álcool e 146.349 mortes ocorreram por doenças associadas à ingestão da substância, entre outros fatores.

A coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, disse que apesar de o país estar dentro da média mundial, o aumento é motivo de preocupação.

"O índice varia de país para país. No México, por exemplo, onde o álcool está muito integrado à cultura local o número de mortes tem proporções maiores, já nos países islâmicos o hábito é bem diferente e por isso os dados são inferiores. No Brasil os dados mostram o uso freqüente e prolongado e precisamos estar atentos", afirma.

A pesquisa analisou exclusivamente a exposição crônica do álcool ou seja o uso prolongado de grandes quantidades.

Dentre as causas de mortalidade mais comuns estão a cirrose, a pancreatite aguda e crônica (a que mais mata), doenças cerebrovasculares, envenenamento pelo álcool (mais comum na infância), entre outras.

Além disso, o estudo constatou que a mortalidade é maior entre os adultos.

Deborah orienta que as pessoas que rotineiramente fazem o uso excessivo do álcool procurem assistência médica.

"O uso do álcool por longo prazo leva a doenças que podem ser fatais. As pessoas devem procurar uma unidade de saúde mental em seu município que atenda a usuários de álcool e drogas. Outra opção é buscar a assistência em terapias de grupo como o que é feito, com muito sucesso, pelos Alcoólicos Anônimos", afirma.

A coordenadora da pesquisa destaca ainda que o apoio familiar é muito importante. "Muitas vezes é difícil para alguém que é usuário durante muitos anos parar de repente, mesmo que isto esteja prejudicando a sua saúde. A solidariedade da família é fundamental para a recuperação", garante.

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