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Cidades

Contrariando fazendeiros, índios continuam em rodovia

Redação | 30/09/2009 11:04

Os 130 guarani-kaiowá despejados no dia 11 deste mês da fazenda Santo Antonio de Nova Esperança, em Rio Brilhante, continuam acampados às margens da BR-163, apesar da pressão dos fazendeiros. Na semana passada, o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Junior, conversou em Dourados com a administradora regional da Funai, Margarida Nicoletti, e pediu a retirada dos índios da beira da rodovia. O pedido, no entanto, não foi atendido.

Fazendeiros da região contrataram uma empresa de segurança privada para vigiar as propriedades, temendo novas invasões. Os índios ocuparam a fazenda por 19 meses e só deixaram a área após a Funai perder recurso no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, em São Paulo.

O cacique José Barbosa de Almeida, o Zezinho, disse nesta quarta-feira que os índios não receberam nenhuma solicitação da Funai para deixar o local. "Daqui ninguém nos tira. Nem a Funai, nem a Famasul, nem a Polícia Federal, porque estamos cumprindo a decisão da Justiça", afirmou.

Segundo ele, os guarani-kaiowá decidiram esperar, acampados na beira da rodovia, pelos estudos antropológicos que serão feitos pela Funai. "Não tem outro local [para ficarem acampados], então vamos permanecer aqui". Ainda não há previsão de quando a Funai fará o levantamento antropológico no município.

O presidente da Famasul disse nesta quarta-feira que o acampamento às margens da rodovia representa um risco aos índios, principalmente às crianças. "Alertei a Funai que se acontecer algum acidente no local nós vamos entrar na Justiça contra quem tem responsabilidade pelos índios", afirmou.

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