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Cidades

Corredor Bioceânico pode aumentar tráfico na fronteira

Redação | 07/06/2010 09:37

O MPF (Ministério Público Federal) entrou com ação para que o governo federal aumente o número de fiscais da Receita Federal em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Com a conclusão do "Corredor Bioceânico", que liga o Atlântico (Brasil) ao Pacífico (Chile e Peru), as rodovias irão passar pelo município.

A construção desta rodovia, que liga a Bolívia a outros países, é considerada de risco e com potencial aumento da criminalidade. Nos últimos dez anos, a Polícia Federal apreendeu grandes quantidades de droga na fronteira, resultado do crescimento nas produções e no tráfico do país vizinho.

O MPF ajuizou ação civil pública para que a Secretaria da Receita Federal aumente o efetivo na Inspetoria de Corumbá. A ação requer a lotação de pelo menos 27 analistas-tributários e 25 auditores-fiscais na região, número mínimo necessário segundo levantamento da própria inspetoria.

De acordo com a Secretaria da Receita Federal, atuam hoje na Inspetoria de Corumbá 13 analistas-tributários e 16 auditores-fiscais. Destes, oito auditores, que anteriormente já foram afastados por serem investigados pela Operação Vulcano, deflagrada em novembro de 2008 pela Polícia Federal, atualmente estão exercendo apenas atividades de conferência de bagagens na fronteira.

A operação constatou lesão aos cofres públicos por delitos relacionados principalmente ao comércio exterior, como contrabando, descaminho, sonegação fiscal e exportações fictícias.

Tráfico - Neste ano, a PF apreendeu quatro toneladas de cocaína, sendo que 1.100 quilos vieram dos estados do Acre, Rondônia e MS, todos fazendo fronteira com a Bolívia. Os três estados tiveram crescimento nas apreensões de cocaína, a única exceção é Mato Grosso, onde os números diminuíram.

Em reportagem do Correio Braziliense, a PF diz que a cada dia os traficantes encontram novas maneiras de enviar droga para o Brasil. No Aeroporto de Cumbica (SP), os federais encontram cocaína em aquecedores de água que iriam para a África. A origem da droga era a Bolívia.

Para o MPF, a conclusão do 'Corredor Bioceânico' fará a demanda de operações de comércio exterior aumentar significativamente e com isso há a necessidade de aumento do controle da entrada e saída de estrangeiros e da repressão à prática de delitos. O órgão enfatiza especialmente o tráfico internacional de cocaína e armas, que tem MS como rota de passagem para os grandes centros, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro.

"Há muito tempo é notório que a fronteira com a Bolívia em Corumbá é uma das portas de passagem de drogas e armas que abastecem a criminalidade no Brasil. Quase diariamente ocorre a apreensão de entorpecentes, principalmente cocaína, provinda da Bolívia, notório produtor e exportador dessa droga. A situação agrava-se com a constatação da existência de várias trilhas e estradas vicinais, de chão batido, que servem de caminho da Bolívia para o Brasil", pondera o orgão ministerial.

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