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Cidades

Crédito para capital de giro não empolga garagistas

Redação | 09/03/2009 15:49

Na tarde de hoje, os proprietários de revendedoras de carros usados tiveram uma rápida palestra sobre como podem usar o crédito que o governo federal disponibilizou para capital de giro.

Mesmo com a perspectiva de mais dinheiro girando na praça, os empresários não ficaram muito animados com a medida, e preferiam juros mais baixos para a compra do carro usado.

A iniciativa para liberar este tipo de recursos foi do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que participou de reunião hoje com os donos de garagens. O dinheiro vai vir do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e quem tomar este tipo de empréstimo vai ter de se comprometer em não demitir nenhum empregado.

Ao todo estão disponíveis R$ 2,5 bilhões a uma taxa de juros de 1,45%. O limite é de R$ 200 por loja e o empresário terá seis meses de carência e mais 24 para pagar o empréstimo.

Ilídio Gonçalves dos Santos, presidente da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) disse que, devido à crise financeira mundial, as garagem perderam 30% do capital de giro e isto está prejudicando os negócios.

"Este dinheiro é importante porque vai dar um fôlego aos comerciantes", disse Valdenir Dias Terra, presidente do Sindvel (Sindicato dos revendedores de Veículos Automotores). "Mas o mais importante é a queda dos juros para o financiamento dos usados, mas isso já é alguma coisa".

Roberto Monteiro, proprietário de uma garagem em Campo Grande, ressalta que o dinheiro para capital de giro é bem vindo, mas que a queda nos juros é ainda mais importante. "Primeiro a gente precisa vender, porque se não vendemos não adianta ter capital de giro", analisa.

O deputado explicou que os juros altos para a compra de carros usados, tem prejudicado as vendas, pois, em alguns casos, o preço final do veículo usado fica mais caro do que o de um zero quilômetro. Ele adiantou que o governo federal estuda uma forma para baixar os juros para este tipo de financiamento.

Para quem tiver interesse no empréstimo para capital de giro, as exigências do Banco do Brasil são: ter uma conta corrente no banco, apresentar a documentação contábil e o contrato social da empresa e tê-la cadastrada na Receita Federal com revendedora de automóveis. Preenchendo estes requisitos o empresário está apto para pedir uma analise de crédito.

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