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Cidades

Crime pode render aposentadoria de 24 mil a Zeolla

Redação | 06/03/2009 16:45

Autor confesso do assassinato do sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, 23 anos, o procurador Carlos Alberto Zeolla,44 anos, poderá ser aposentado por invalidez e ganhar por mês algo em torno de R$ 24 mil.

Como a defesa do acusado alega também que problemas psiquiátricos motivaram o crime, caso seja comprovada a insanidade mental, será requisitada o direito de se aposentar por invalidez. A explicação é criminalista responsável pela defesa do procurador, Ricardo Trad.

Segundo Trad, como a principal argumentação da defesa é o problema psiquiátrico, os exames pedidos para comprovar a insanidade também servirão para aposentadoria integral.

Convoca-se uma junta médica para avaliar a situação do réu, são feitos exames, intima-se defesa e acusação para definirem juntos os quesitos que devem ser respondidos pelos especialistas sobre as condições de decisão do procurador e, por fim, o laudo é elaborado.

Caso seja comprovado que um distúrbio psiquiátrico motivou o crime, a mesma investigação é usada em processo administrativo no Ministério Público Estadual e, neste caso, Zeolla poderá ser aposentado por invalidez.

O pagamento do benefício nesta situação é integral, ou seja, os mesmos R$ 24 mil que ele recebe atualmente na ativa serão repassados de forma vitalícia. Trad estima que em no máximo um ano saia a decisão do pedido de aposentadoria, enquanto isso ele recebe o salário normal, como procurador.

Teoricamente o procurador não poderá se aposentar antes do julgamento da ação, a menos que ele tivesse pedido aposentadoria anteriormente ter cometido o crime. Mas a defesa alega que a doença já havia sido comunicada antes.

O criminalista acredita que Zeolla seja absolvido da acusação de homicídio. Trad sustentará a defesa na tese de homicídio privilegiado por "compreensível emoção violenta que dominava o autor no momento do crime".

De acordo com o advogado, entre os motivos que levaram o procurador a atirar contra o sobrinho está uma briga entre Cláudio e o avô, no caso, pai de Carlos Aberto. Trad revela que Américo Zeolla, 86 anos, tinha discussões constantes com o neto Cláudio, que levava mulheres para a casa do avô.

Na véspera do crime, o jovem teria dado uma surra em Américo, fato considerado o estopim para a tragédia familiar.

O procurador está preso desde o dia 3 de março pela morte do sobrinho, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, 23 anos. O jovem foi baleado na cabeça, quando ia para a academia.

Cláudio foi surpreendido na Rua Bahia, região central da cidade. Depois de atingido, ele chegou a ser socorrido e não resistiu ao ferimento.

O carro usado pelo procurador foi reconhecido pelas testemunhas. O veículo era conduzido por um adolescente de 17 anos, que era contratado como motorista de Carlos Alberto.

No dia seguinte ao crime, a arma usada para atirar contra o jovem foi encontrada sobre a ponte do Córrego Guariroba, na saída para Três Lagoas. O revólver calibre 38 estava em nome do pai do procurador.

No início da noite de ontem, Carlos Alberto Zeolla confessou o crime ao procurador-geral do MPE (Ministério Público Estadual), Miguel Vieira.

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