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Cidades

Dados mostram recuo da dengue em Mato Grosso do Sul

Débora Diniz, de Brasília | 06/07/2011 21:17

Número de casos graves no primeiro semestre é 93,5% menor que o registrado no mesmo período do ano passado

O número de casos graves de dengue registrados no primeiro semestre de 2011 em Mato Grosso do Sul é 93,5% menor que o notificado no mesmo período do ano passado. O número de óbitos também teve queda significativa, baixando de 41 para 3 – uma redução de 92,7%.

Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde e seguem tendência verificada em todo o País. No entanto, a redução verificada no estado foi bem superior às médias nacionais. No Brasil, como um todo, o número de casos graves notificados no primeiro semestre caiu de 14.685 para 8.102, uma redução de 45%. Foram registrados 310 óbitos no período, 44% a menos que os 554 verificados no ano passado.

A maior parte dos casos graves confirmados (57%) está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará.

O número geral de notificações – graves ou não – também teve redução expressiva. No primeiro semestre do ano passado, Mato Grosso do Sul teve 61.616 casos. Este ano, o total registrado no período foi de 12.712, uma queda de 79%. A média nacional é bem mais modesta: queda de 18%, de 874.793 para 715.666 casos.

O balanço foi apresentado pelo ministro Alexandre Padilha e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Padilha atribuiu a queda no número de casos graves à organização da rede pública de saúde em todo o país, à ampliação no fluxo de atendimento e, sobretudo, ao diagnóstico precoce. “Contribuíram para essa redução o esforço dos profissionais de saúde e o controle dos focos do mosquito pelas equipes de vigilância”, afirmou.

O ministro também reforçou o papel da participação da população no combate à doença. “No segundo semestre, vamos aumentar a mobilização fazendo ações junto à população”, adiantou.

Embora o ministério tenha atingido a meta de reduzir os casos de dengue, as ações não serão amenizadas. “Temos vários tipos de vírus circulando e pessoas suscetíveis, que não foram contaminadas. Portanto, não devemos reduzir as ações, mas, pelo contrário, reforçá-las”, disse Padilha.

O secretário Jarbas Barbosa destacou a importância das ações das secretarias estaduais e municipais no combate à doença em país. “O grande desafio foi ideia de integrar o combate ao mosquito com ações de saúde e vigilância”, reforçou. No início deste ano foi publicada a portaria 104/2011, que estabeleceu a obrigatoriedade da notificação imediata dos casos graves e óbitos por dengue pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O sistema mais sensível permitiu a orientação da assistência nos estados e municípios com informações em tempo adequado.

As regiões Sudeste e Nordeste concentram o maior número de mortes confirmadas. A maior incidência de óbitos (70%) ocorreu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, além do Amazonas (região Norte). Por outro lado, nos estados de Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Piauí, Paraíba, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, houve uma redução significativa no número de mortes, em comparação com 2010.

Circulação Viral - A Dengue possui quatro sorotipos de vírus (DENV 1, DENV 2, DENV 3 E DENV 4). As atividades de vigilância virológica em 2011, destacam o predomínio da circulação do sorotipo DENV 1 no país. Foram constatadas, porém, uma circulação importante dos tipos DENV 2 e DENV 4. Esse cenário, associado às condições ambientais, permitem a manutenção do mosquito Aedes aegypti em nossas cidades e alerta para a possibilidade de persistência da transmissão em níveis elevados no verão de 2012.

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