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Cidades

Defensoria consegue a liberdade de rapper que teria sido torturado

Filipe Prado | 06/01/2014 17:50
Rapper foi preso após ter fugido de uma blitz e diz ter sido torturado (Foto: Reprodução/Facebook)
Rapper foi preso após ter fugido de uma blitz e diz ter sido torturado (Foto: Reprodução/Facebook)

Após ser supostamente torturado e preso por policiais militares, a Defensoria Pública, por meio do defensor substituto Mateus Augusto Sutana e Silva, garantiu a soltura do rapper Dumatu, no fim da tarde de sexta-feira (3).

No dia 27 de dezembro do ano passado, o rapper Alisson Dumatu, foi preso após trafegar em alta velocidade, com passageiro sem capacete e ser flagrado com porções de cocaína. Segundo a irmã do acusado, Julia Grance, o músico teria sido torturado e alguns papelotes de cocaína teriam sido colocado em seu bolso, para incriminá-lo.

Segundo relatos da vítima, ele foi abordado por vários policiais e levado para uma rua próximo à Avenida Guaicurus. Conforma a assessoria, Dumatu conta que colocaram um saco em sua cabeça, então deram-lhe vários socos e chutes, entre outros tipos de agressão, além de o amarrarem em uma “pau de arara”, por cerca de quatro horas. Ele também comenta que eles o deixaram nu e houve a abuso sexual.

De acordo com a assessoria de imprensa da defensoria, as circunstâncias da prisão foram mal esclarecidas. “Tem-se, pela detida análise do depoimento do assistido e do adolescente, que estava com ele na data da ocorrência, indícios fortes da ilegalidade da prisão. Compulsando o auto de prisão em flagrante, denota-se flagrante disparidade entre a versão policial oficial e a trazida pelo requerente e pelo adolescente, trazendo-se a baila notícia de tortura envolvendo agentes Estatais”, relata o defensor.

Foi constado que o rapper possuía algumas marcas pelo corpo, sendo registradas no momento da prisão. “O autor apresenta vermelhidão em ambos antebraços, vermelhidões nas costas e vermelhidão na altura das canelas, dizendo que são provenientes de tortura a que foi submetido no 'pau de araras”, afirma Silva.

No pedido de soltura consta que o músico tem empreso fixo, registrado como agente socioeducador, e é réu primário, sem nenhum antecedente criminal, envolvendo o tráfico de drogas.

A PM (Polícia Militar) abriu uma sindicância para apurar a agressão praticada por policias militares da Rotam (Ronda Tático Motorizada).

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