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Cidades

Defesa de latrocidas pede vistas e sentença é adiada

Redação | 19/07/2010 20:16

A defesa de Marcelo de Souza Ribeiro, o "Cicatriz", 19, e Alessandro da Anunciação, 27, o "Testa", que foram julgados nesta tarde no Fórum de Campo Grande pelo latrocínio do adolescente Paulo Henrique Rodrigues, o "Paulinho", 17 anos, assassinado no dia 17 de fevereiro deste ano, pediu vistas do processo e tem prazo de cinco dias para se manifestar.

Depois do prazo, a defesa terá mais cerca de dez dias para formular as alegações finais para que em seguida o juiz Olivar Augusto Coneglian, da 2ª Vara Criminal, declare a sentença de Cicatriz e Testa. Por serem reincidentes, os dois podem pegar, no mínimo, 12 anos de prisão.

Segundo o juiz Olivar, todas as testemunhas já foram ouvidas no processo. Ele reiterou que não ouvirá mais ninguém.

Nessa etapa, o MP (Ministério Público) e a Defensoria Pública vão requerer mais provas. A Promotoria de Justiça solicitou prova pericial detalhada para esclarecimento de informações sobre onde o tirou entrou e saiu do corpo de Paulinho, que deve ficar pronta em cinco dias.

Caso mais adiamentos sejam pedidos, dentro de no máximo 40 ou 50 dias a sentença será decretada. Se a defesa pedir mais provas após este prazo, mais 20 dias podem ser concedidos.

Crime - No dia 17 de fevereiro, Paulinho foi assassinado durante um assalto praticado por Marcelo e Alessandro na Mercearia Vidal, no Jardim Tarumã. Durante a fuga, Cicatriz atirou e acertou a vítima, que trabalhava na Bicicletaria do Niltinho, localizada no cruzamento das ruas Acaia e Itaoca.

O adolescente chegou a ser socorrido pela mãe Maria Aparecida dos Santos Neres, que estava trabalhando na mercearia, mas não resistiu e faleceu no posto de saúde do bairro Coophavila II.

Paulo levou um tiro no coração, que se partiu em dois pedaços afetando também o pulmão e o fígado. Marcelo foi preso um dia depois do assassinato e disse que atirou para evitar perseguição após o assalto.

Anunciação é o dono da pistola calibre 45, que foi usada no crime e está apreendida. Ele era foragido da CPA (Colônia Penal Agrícola) e acumula antecedentes criminais por homicídio, roubo, receptação e estelionato. Em depoimento, ele afirma que apenas foi convidado para "cobrar uma dívida".

Na audiência desta tarde, Alessandro disse que pediu a Marcelo que não atirasse, mas ele não obedeceu à ordem. Já Marcelo contou que mesmo atirando, não teve intenção de matar ninguém.

Manifestação - Na tarde de hoje, Maria Aparecida juntamente com amigos e parentes realizaram uma manifestação pedindo justiça, em frente ao Fórum da Capital. A movimentação aconteceu durante a primeira audiência de julgamento de Marcelo e Alessandro.

Mãe de outros três filhos, Cida expressava no rosto a dor de quem perdeu uma parte da vida. "Falta alguém na mesa, tem um canto vazio na casa, tem um armário que ninguém mexe. Falta um pedaço de nós", contou emocionada ao Campo Grande News.

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