Defesa desiste de tentar liberdade para procurador
A defesa do procurador de Justiça afastado Carlos Alberto Zeolla, assassino confesso do sobrinho, desistiu de tentar coloca-lo em liberdade. De acordo com o advogado Ricardo Trad, a intenção é preservar a saúde de Zeolla.
Segundo o advogado, a defesa desistiu do habeas corpus que tramitava no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do pedido de relaxamento de prisão. Com isso, Zeolla continuará preso e em tratamento na Clínica Carandá.
Trad explica que como não há previsão de alta para o procurador, o melhor para a saúde dele é desistir de tentar coloca-lo em liberdade. Conforme o advogado, Zeolla dorme a maior parte do tempo e fala palavras sem nexo.
De acordo com Trad, na próxima semana Zeolla começa a fazer os exames de sanidade mental, como médicos arrolados pela defesa. Vão examinar o procurador os psiquiatras Afonso Gonçalves Domingues e Renato Ferraz.
Zeolla já foi examinado pela junta médica arrolada pelo Tribunal do Justiça. Os médicos atestaram que ele possui tendência suicida.
O crime - O procurador afastado está preso desde 3 de março, quando matou o sobrinho Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, com um tiro. Inicialmente ele negou o assassinato, mas dois dias depois, confessou.
Ele alega que matou o sobrinho porque o jovem havia dado uma surra no avô. Américo Zeolla, pai de Carlos Alberto, deu entrada no Proncor, mas segundo informações do MPE (Ministério Público Estadual), o médico que o atendeu afirmou que ele não tinha hematomas.
Zeolla foi levado para uma cela do Garras, mas depois conseguiu prisão hospitalar.