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Cidades

Defesa tenta provar que motivo da morte de Dudu é droga

Redação | 18/08/2009 14:52

A defesa de José Aparecido Bispo da Silva, o Cido, apontado como pessoa que planejou o assassinato de Luiz Eduardo Martins Gonçalves, o Dudu, tenta convencer a Justiça que o crime teve como motivo o tráfico de drogas e não vingança contra a mãe do garoto, conforme denúncia do Ministério Público.

A intenção da defesa é provar que o crime foi a mando do outro acusado, Holly Lee de Souza, e teria ocorrido por envolvimento com o tráfico de drogas. Com isso, Cido ficaria livre da acusação da ocultação do cadáver e de ser o mandante.

O advogado José Rodrigues da Rosa diz que o cliente dele afirma ser inocente, não tendo qualquer participação no crime.

A estratégia da defesa é provar que Dudu se negou a cumprir ordens de Holly Lee e por isso foi espancado e morto.

O advogado declarou que na audiência de quinta-feira (20), três testemunhas vão dizer onde Cido estava no momento em que outras pessoas viram o garoto ser espancado.

A mãe de Dudu, Eliane Aparecida Martins, nega que o filho pudesse ter qualquer relação com drogas. "Não acredito nisso. Ele não sabia falar direito, não conhecia dinheiro. Espero que a defesa não tenha provas para inocenta-lo".

Diversas testemunhas afirmaram que Dudu, apesar de ter 10 anos quando sumiu, era um menino muito pequeno, que tinha problemas com a dicção e só se interessava em brincar na rua.

Criança - Quase todas as testemunhas de acusação de Cido e Holly declaram que Dudu brincava sempre na rua e não tinha qualquer relação com tráfico de drogas.

Algumas testemunhas também afirmaram que Cido não aceitava o fim do relacionamento com Eliane e após várias tentativas de reatar o relacionamento e ameaças a ela, mandou matar Dudu.

Para a Polícia Civil e o MPE (Ministério Público Estadual), a não aceitação do fim do relacionamento foi o que motivou o assassinato. Cido teria dado R$ 400 e um revólver a Holly pelo "serviço". Dinheiro que ele teria dividido com os dois irmãos adolescentes que também participaram do crime.

Na versão da acusação, de acordo com relato de testemunhas, os adolescentes abordaram Dudu na rua, o espancaram e o levaram para casa de Cido, onde a tortura continuou.

Depois, levaram para o local conhecido como mangal, onde o mataram. Em seguida, Cido e um outro homem, o levaram de carro para um terreno baldio nas proximidades do Museu José Antônio Pereira. Nesse local, o corpo foi enterrado.

Depois de quase um mês, Cido, Holly, um outro homem e um adolescente, voltaram ao local. Na versão das testemunhas, Cido esquartejou Dudu, queimou o corpo e depois enterrou os restos em dois buracos próximos.

O promotor de Justiça, Douglas Santos, explica que esse outro homem que é citado não foi acusado porque não há provas do envolvimento dele. Ele também não foi identificado.

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