Denúncias de exploração sexual infantil quadriplicam
O governo federal aposta nas denúncias anônimas para coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes durante o carnaval. Campanha lançada amanhã em Corumbá vai distribuir camisetas, fitinhas de pulso, bandanas e cartazes divulgando o Disque 100, número que recebe denúncias de todo o país. Em 2007 a estratégia deu resultado: o número de ligações foi quatro vezes maior que o registrado em 2006, ano de criação.
Conforme os dados da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), responsável pela campanha, 178 casos de exploração sexual comercial em Mato Grosso do Sul foram investigados a partir de denúncias anônimas feitas pelo Disque 100, em 2006 foram apenas 42. "Assim que recebemos a ligação encaminhamos o caso para a autoridade competente e depois temos uma equipe que acompanha o desfecho do caso", diz o supervisor de monitoramento do Disque 100, Daniel Hissa.
No total, 611 ligações partiram do Estado para apontar casos que também envolvem negligência (342), abuso sexual (191), violência física e psicológica (284). No ano anterior a colaboração foi bem menor, com apenas 207 denúncias.
As primeiras informações deste ano mostram real tendência de aumento das ligações. Nos primeiros 27 dias de janeiro, 55 denúncias já foram encaminhadas após registro no Disque 100, cerca de duas ao dia. A maioria delas continua sendo sobre negligência.
Em segundo lugar neste mês aparecem os casos de violência física e psicológica (28), em terceiro abuso sexual (17) e em quarto as denúncias de exploração sexual comercial (10).
Ao ligar para o Disque 100, a pessoa terá o nome preservado e também terá acesso ao telefone do Conselho Tutelar onde mora. A lei estabelece que todos os municípios brasileiros tenham, ao menos, um Conselho funcionando.
