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Cidades

Depois de 3 roubos, garoto diz que não sabe se vai parar

Redação | 21/11/2010 15:28

O adolescente de 16 anos que rendeu um caminhoneiro, invadiu uma casa e fez uma família refém além de assaltar um carpinteiro, conversou nesta tarde com o Campo Grande News. Ele está detido na cela do Cepol (Centro de Polícia Especializada da Capital), após ter sido localizado pela PM (Polícia Militar) no bairro Indubrasil, em Campo Grande, quando fugia do distrito industrial em uma bicicleta que havia roubado pouco antes.

Magro, moreno, com cerca de 1,70 de altura, o menino estava sentado com os braços enfiados dentro da camiseta. Levantou e respondeu que podia conversar. O garoto tem 20 passagens pela Polícia, e lembrou que já foi interno várias vezes, uma delas chegou a ficar sete meses em reclusão. "Uma hora eu vou aprender. Não com a prisão, mas com a vida", afirmou ele dizendo que conhece assaltantes que deixaram a vida de crime.

Durante um dia só, ele fez três assaltos. Segundo o menino, desde os 13 anos que rouba, e outras vezes já usou arma de fogo. Buchecha afirmou que tinha ido a Terenos visitar uns amigos, "passear", mas resolveu fazer o primeiro assalto e depois não parou mais.

No distrito de Indubrasil, em um dos assaltos, o garoto arrombou a porta de uma casa na rua Setentrional e rendeu seis pessoas, incluindo um bebê. O dono da residência contou que o adolescente estava "bravo" e mandou que ele, a esposa e os filhos de 11, 9, 6 anos e o bebê deitassem no chão. O garoto chegou a atirar perto do dono da casa, mas disse ao Campo Grande News que a intenção não era machucar ninguém. "Eu sei que eu quase machuquei, mas não era pra acertar em ninguém que eu atirei não", disse ele.

Apesar de dizer que não tem intenção de machucar ninguém, ele é apontado pela Polícia como autor da morte de um jovem em uma feira do bairro Buriti, em crime cometido há apenas dois meses.

O menino diz que não usa drogas, só consome bebida alcoólica. Ele tem tatuagens rabiscadas no braço esquerdo, mas diz que não sabe o que significa. "Nem sei o que é isso não, são duas letras em japonês e um sol". Como já foi preso outras vezes e voltou a assaltar, o menino diz que não sabe se quando for solto vai assaltar novamente ou não.

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