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Cidades

Desvios chegaram a R$ 25 milhões em Dourados, aponta CGU

Redação | 09/10/2010 07:19

O desvio de dinheiro público chegou a R$ 25 milhões na prefeitura de Dourados, conforme levantamento feito pela CGU (Controladoria-Geral da União), a pedido da Polícia.

As fraudes envolvem o prefeito afastado, Ari Artuzi (sem partido), vereadores, funcionários e donos de empreiteiras.

O valor astronômico está relacionado, principalmente, ao superfaturamento de contratos licitados para compra de medicamentos e obras.

Os documentos analisados pelos auditores foram recolhidos na prefeitura de Dourados e são referentes ao período de janeiro de 2009 a agosto de 2010.

Todo o esquema foi revelado por meio da operação Uragano, da Polícia Federal, que resultou na prisão de Artuzi e mais 28 pessoas, acusadas de desviar dinheiro público.

De acordo com o delegado Bráulio César Galloni, responsável pelas investigações, foram avaliados 53 contratos, que somam R$ 125 milhões em verbas federais e estaduais.

As irregularidades foram detectadas em 36 desses contratos, que totalizam R$ 25 milhões. "Esse dinheiro era destinado à corrupção", disse o delegado da PF ao jornal Folha de S.Paulo.

Na maioria das vezes, os contratos superfaturados eram no setor da saúde. Só de licitações para compra de medicamentos, foram desviados entre R$ 16 e R$ 17 milhões, entre outras movimentações via Hospital Evangélico.

Outros desvios de verba eram feitos por meio de contratos superfaturados de pavimentação e operações tapa-buraco.

Conforme denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), dinheiro desviado do Hospital Evangélico era a principal fonte para pagamento de propina a vereadores, que recebiam "mensalão" de pelo menos R$ 50 mil.

Segundo o delegado Bráulio Galloni, o relatório da CGU será encaminhado ao MPE e ao MPF (Ministério Público Federal).

A partir da operação Uragano, 60 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público sob acusação de falsidade ideológica, crime contra as relações de trabalho e formação de quadrilha.

Mesmo afastado do cargo, o prefeito Ari Artuzi tem foro privilegiado e a denúncia deve ser avaliada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Ele está preso desde o dia 1º de setembro em Campo Grande e nega envolvimento no caso.

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