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Cidades

Detran anuncia devassa em histórico de auto-escola

Redação | 09/06/2008 17:49

O Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) anunciou hoje uma devassa no histórico da auto-escola Aliança, suspeita de integrar um esquema de venda de carteiras de habilitação.

Em reunião no MPE (Ministério Público Estadual), o diretor Carlos Henrique Santos Pereira, informou que para colaborar com as investigações, irá fazer um levantamento de todas as atividades do CFC (Centro de Formação de Condutores) desde janeiro de 2007, provável data do início das ações irregulares.

A auto-escola é apontada como possível integrante de uma quadrilha com ramificações no Brasil, que emitia carteiras de habilitação ilegais. Para conseguir uma habilitação, o futuro condutor não precisava passar por qualquer teste, bastava pagar pelo documento, que era emitido pelo Detran de São Paulo.

Condutores que não conseguiam retirar o documento em Mato Grosso do Sul pagavam cerca de R$ 2 mil para obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) emitida em São Paulo. Com a investigação, a expectativa é que seja apurado se funcionários da auto-escola agenciavam clientes para a quadrilha.

O Detran/MS irá bloquear o acesso do CFC ao sistema do órgão, principalmente do funcionário Bento de Souza, que aparece em gravações da polícia, quando fazia supostas negociações de carteiras ilegais.

Até o momento, 40 mil carteiras estão bloqueadas desde o ano passado, suspeitas de terem sido adquiridas por meio do esquema que envolvia 17 auto-escolas da grande São Paulo e o Ciretran do município paulista de Ferraz de Vasconcelos.

A investigação resultou no bloqueio dos documentos e na operação Carta Branca, desenvolvida semana passada em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o MPE (Ministério Público Estadual) e a Corregedoria da Polícia Civil.

Há dois anos, a PRF desconfiou da grande quantidade de CNHs emitidas em São Paulo apresentadas aqui no Estado e denunciou ao MPE, que verificou a irregularidade. O MPE de São Paulo continuou a investigação, que resultou em 21 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão.

Os documentos eram feitos com papel original e emitidos sem a realização dos procedimentos regulares e, por esse motivo, médicos e psicólogos foram presos, assim como empresários, investigadores e delegados de Polícia Civil. O ex-diretor do Ciretran de Ferraz de Vasconcelos também foi preso, assim como o terceiro sargento da PM (Polícia Militar), Henrique Rolland.

O policial é lotado no posto da Estação Rodoviária de Campo Grande e está no Presídio Militar. Em interceptações telefônicas feitas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), o policial conversa com Bento de Souza a respeito da emissão de CNH para pessoas que não poderiam ter autorização para dirigir devido a problemas de saúde.

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