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Cidades

Diagnóstico final de morte de empresário só em 15 dias

Redação | 28/01/2008 10:56

O secretário de Saúde de Maracaju, o médico José Marcondes Ribeiro, informou ao Campo Grande News que só dentro 15 dias vai sair o resultado definitivo que pode apontar se foi mesmo febre amarela a causa da morte do empresário Nelson Machado Ribeiro, 44 anos, falecido na quinta-feira (24 de janeiro), depois de vir transferido do município do interior. A sorologia feita pelo Lacen (Laboratório Central) em Campo Grande deu positivo para febre amarela.

De acordo com o secretário, o resultado pode ter dado um falso-positivo, diante do fato de o empresário ter tomado a vacina contra a doença poucos dias antes de adoecer, e a causa real da morte pode ter sido outra doença, entre elas a leptospirose e a hepatite. O secretário explica que toda pessoa que tomou a dose recentemente desenvolve anticorpos contra a doença e isso pode levar a um dignóstico clínico positivo, mesmo sem a pessoa ter sido contaminada pela doença.

Ribeiro enfatizou que apenas os novos exames, que serão feitos num laboratório de Belém (Pará) especializado em doenças tropicais, poderão confirmar se realmente o empresário foi contaminado pela febre amarela. Além da vacina recente, informada aos médicos tanto em Maracaju quanto em Campo Grande pelo próprio paciente, o empresário esteve recentemente em regiões de risco para a contaminação, durante pescarias.

O secretário disse que, se confirmado que Nelson Ribeiro foi vítima da febre amarela, a contaminação foi silvestre, o que afasta o risco, de acordo com ele, da forma urbana da doença, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.

Prevenção - De antemão, informou o titular da Secretaria de Saúde de Maracaju, a Superintendência de Vigilância em Saúde decidiu enviar para a cidade dois carros para borrifação de veneno e também foi disponbilizada uma quantidade extra de vacina, de dez mil doses, caso seja necessário.

Segundo a informação da Secretaria de Saúde, desde o dia 7 de janeiro, Maracaju já recebeu 15 mil doses de vacina, das quais ainda restam cerca de 3 mil. Com isso, acredita o secretário, está garantida a imunização, só este ano, de metade da população, de 30 mil pessoas.

Se confirmada, a morte do empresário será a 11º no País por febre amarela. No Estado, será a primeira morte atribuída a doença desde 1996. Outros dois casos, desde o fim de 2007, já haviam sido atribuídos a Mato Grosso do Sul, de turistas vindos de São Paulo e que passaram por Bonito e outras regiões. Nestes casos, as pessoas receberam tratamento e foram curadas.

A solorogia positiva para o empresário de Maracaju falecido semana passada motivou uma reunião do comitê criado

para monitorar o combate à doença em Mato Grosso do Sul, na Superintendência de Vigilância em Saúde.

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