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Cidades

Diferença cai, mas mulheres ainda recebem 66% da renda dos homens

Aline dos Santos | 31/10/2014 11:41

Em uma década, o abismo diminuiu, mas o comparativo de remuneração entre mulher e homem mostra que ainda há muito para se avançar. A pesquisa “Estatística de Gênero – Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010”, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o rendimento mensal médio das mulheres em Campo Grande equivale a 66% do masculino. No comparativo com o levantamento feito em 2000, a situação melhorou, pois a renda feminina equivalia a 59%.

“Exprime uma realidade que ainda é de desigualdade. Porque muitas vezes a mulher exerce uma atividade muito parecida a que o homem desenvolve, mas ele ganha mais do que ela. Essa cultura não acabou. A melhora foi muito pequena em dez anos. Estamos caminhando, mas a passos muito lentos”, afirma a coordenadora de divulgação do IBGE, Isabel de Paula Costa.

Contudo, quando se olha o universo da remuneração de todos os trabalhadores em Mato Grosso do Sul, os números apontam que o fosso entre a renda não é somente questão de gênero. “Em 2012, 63% da população ganhava até três salários mínimos. Enquanto 0,6% recebiam acima de 20 salários mínimos. Já existe desigualdade em relação ao rendimento”, salienta Isabel. Os dados gerais de rendimento são da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio).

De volta ao recorte por gênero, no cenário nacional, o melhor desempenho foi de Cuiabá (MT), onde a renda das mulheres chega a 80% da remuneração dos homens. Conforme a pesquisa, o rendimento é uma das principais variáveis para se mensurar pobreza e desigualdade, pois a renda é uma fonte de bem-estar.

No Estado, uma das esperanças para equilibrar o rendimento entre homens e mulheres é o avanço delas nos estudos. “Nas escolas, faculdade, curso de mestrado, doutorado, o percentual de mulher é maior”, diz a coordenadora.

Mercado de trabalho – Em Campo Grande, a taxa de formalização no mercado de trabalho de mulheres acima de 16 anos foi de 62,7 % em 2010. De acordo com o levantamento, o aumento da formalização dos trabalhadores leva a um cenário de conquista de direitos: férias, 13º salário, licença-maternidade, seguro-desemprego, licença para tratamento de doença e aposentadoria.

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