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Cidades

Diretor-geral do DNIT diz que pedágio é inviável em MS

Redação | 15/05/2009 15:19

Diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), Luiz Antônio Pagot, afirmou que estudo do Governo federal constatou ser inviável a cobrança de pedágio em qualquer rodovia federal de Mato Grosso do Sul e, de tabela, nas estaduais também.

Pelo pouco fluxo de veículos, o preço do pedágio para dar retorno aos investidores inviabilizaria o empreendimento. Ele participou, nesta tarde, de simpósio sobre a Hidrovia Paraná-Tietê, que aconteceu na Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul.

Como exemplo, Pagot citou a BR-163, a mais movimentada e principal via de acesso aos estados do Paraná e Mato Grosso. Conforme os estudos, já divulgados anteriormente pelo órgão federal em 2004, a taxa a ser cobrada na rodovia seria 250% superior ao valor médio pago pelos motoristas em outros estados brasileiros.

De acordo com o diretor-geral do DNIT, a taxa para veículos leves seria de R$ 12 a R$ 14 em cada posto sul-mato-grossense, enquanto a média nacional oscila entre R$ 2 e R$ 4.

Isto, porque o investimento para melhorar o tráfego da rodovia seria muito alto. Somente o poder público, que não trabalha com taxa de retorno, tem condições de realizar os investimentos previstos para as vias federais em Mato Grosso do Sul.

Outro ponto apontado pelo DNIT é que o movimento é muito pequeno. O movimento é sazonal, só é intenso em algumas épocas do ano, como o período de colheita da safra de grãos.

Como exemplo, Pagot citou o número de veículos pesados no mês passado na balança instalada na unidade do DNIT em Rio Brilhante. Foram 21 mil caminhões no mês de abril deste ano.

O levantamento do DNIT contradiz declaração do governador André Puccinelli (PMDB), que anunciou o interesse do Estado em implantar pedágios em três rodovias federais.

Na véspera da inauguração do Trem do Pantanal, ele informou que o Governo estuda obter a concessão das rodovias federais 163, 262 e 267 para instalar praças de pedágios. Na ocasião, inclusive, justificou que o valor a ser cobrado em Mato Grosso do Sul seria 20% inferior aos outros locais do País.

Se as rodovias federais com maior movimento não viabilizaria a cobrança de pedágio, a medida também deve ser inviável nas rodovias estaduais. A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) contratou empresa para realizar o levantamento do movimento de todas as rodovias estaduais sul-mato-grossense para estudar a viabilidade de pedágio, instalação de balança e políticas de preservação.

Puccinelli evitou comentar o assunto da concessão das rodovias. Ele disse que o assunto deveria ser tratado com Pagot e o secretário estadual de Obras, Edson Giroto. Pagot explicou que a decisão cabe ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. "O DNIT é órgão executor", justificou-se.

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