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Cidades

Diretor sindical é condenado por assédio sexual e moral

Redação | 04/02/2009 14:00

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) condenou o Sindisesp/MS (Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso do Sul) a pagar indenização á uma ex-funcionária no valor de R$ 50 mil, por assédio moral e sexual.

A decisão assinada pelo juiz Márcio Alexandre da Silva, atendeu ao pedido de danos morais sofridos pela funcionária, que desde 2007 conta que vinha enfrentando problemas na sede do sindicato.

Segundo o advogado de defesa da vítima, Osmário José Pereira da Silva, a secretária era submetida a constrangimentos por conta das investidas do diretor financeiro da entidade, Jurandir Freitas.

Nos autos do processo, testemunhas e a referida ex-funcionária relatam o comportamento do diretor financeiro. "Acariciava os cabelos, ombros, braços e pernas da reclamante, oferecendo lhe vantagens dentro e fora do sindicato".

Testemunhas ouvidas pela Justiça confirmam o assédio e afirmaram ainda que o diretor chegou ainda a trancar a vítima no banheiro contra a vontade dela. Com poder de chefe, depois das tentativas de acariciar a vítima, ele passou a persegui-la quando saia do trabalho.

O comportamento levou a ex-secretária a mudar o horário de saída do trabalho. Cansada das investidas, ela recorreu à ajuda de um advogado, que a orientou a comunicar o fato a direção do sindicato.

"Nós chegamos a protocolar por várias vezes requerimentos pedindo providencias à direção", contou o advogado. Presente a audiência, outro membro da diretoria do Sindesp, o ex-candidato a prefeito de Campo Grande Suel Ferranti, confirmou que a direção tinha conhecimento do comportamento do diretor financeiro. Ele diz que os demais diretores fizeram vista grossa em relação ao problema. "Eu era voto vencido em relação a questão".

A denúncia provocou a demissão da funcionária que diz ter problemas psicológicos e psiquiátricos depois do assédio. Segundo o advogado, a mulher é submetida a tratamento médico. Além da indenização, o sindicato foi condenado a custear todo tratamento e despesas com medicamentos.

Os diretores vão responder representação criminal por ter ignorado a denúncia da vitima.

Mesmo ressaltando que à decisão cabe recurso, o advogado considera uma vitória para qualquer pessoa que também enfrente esse tipo de violência. "Me sinto aliviado com essa decisão. Nós lutamos por muito tempo contra isso".

O diretor financeiro é servidor aposentado do Ibama, e segundo atendentes do sindicato ele está viajando.

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