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Cidades

Discussão sobre camisinha leva padres à Câmara

Redação | 23/11/2010 10:23

Nesta manhã a Câmara Municipal é palco de polêmica sobre uso de camisinha, com a presença de padres para apoiar a posição da maioria dos parlamentares, que querem proibir a distribuição de preservativos e cartilhas sexuais nas escolas de Campo Grande.

Um projeto do governo federal permite que o MEC (Ministério da Educação) providencie e entregue máquinas de distribuição de camisinha além de cartilhas com informações sobre sexo em escolas brasileiras, que poderão optar ou não em participar no programa.

No entanto, para a Capital, o vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da Câmara, elaborou o projeto que veta a distribuição do material nas escolas, para ele, as cartilhas e as camisinhas vulgarizam e estimulam a prática sexual.

"Esse material pode despertar, nos jovens que ainda não tem vida sexual ativa, o estímulo sexual. A educação é o melhor caminho, e não a banalidade", disse Siufi.

Ele destacou que reconhece o problema com doenças sexuais e não é "ingênuo" quanto ao comportamento dos jovens. "Não estamos fechando os olhos para a questão. Sabemos que a juventude hoje é precoce e temos que encontrar medidas para tratar disso". No entanto, Siufi deixa claro que na sua opinião, a cartilha não é a melhor solução.

"A indicação de masturbação como uma válvula de escape dos hormônios de uma menina não é uma coisa correta de se mostrar numa cartilha", afirmou Siufi.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Flavio César (PTdoB), disse que não recebeu nenhuma orientação específica do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) para se posicionar sobre o assunto, mas, pelo que ouviu nos bastidores, o projeto do Siufi vai ser aprovado.

Para o padre Paulo Roberto de Oliveira, representando o bispo Dom Vitório, "essa máquina não vai resolver nada". Sobre as últimas declarações do Papa Bento XVI, que adotou posição menos radical ao uso do rpeservativo, o padre disse que o "papa foi mal entendido".

Ele afirma que a igreja está certa em enriquecer os jovens com educação, pois este é o melhor caminho. O padre ainda afirma que a abstinência, citando até o casamento em virgindade, é a saída para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

"Hoje as pessoas vivem muito na genitalidade e não vive o sexo de forma plena e saudável", reclamou. O padre Marcelo Tenório, da paróquia São Sebastião, também fez questão de acompanhar a sessão, até vestido de batina.

Embora se tratar de uma sessão polêmica, fora a presença dos padres, o plenário permanece praticamente vazio. Nenhuma entidade também se manifestou ou compareceu a favor das máquinas de camisinha ou cartilhas de orientação sexual.

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