Dona-de-casa aguarda quimioterapia no HR há um mês
Diretor diz que setor funciona normalmente
A dona-de-casa Cláudia Raquel Rodrigues Alexandre, 38 anos, está desde fevereiro à espera de sessões de quimioterapia que deveriam ser feitas no Hospital Regional Rosa Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, onde foi operada. No entanto, o diretor-presidente da unidade médica, Ronaldo Queiroz, afirma que não há problema algum no setor de oncologia.
Cláudia passou por cirurgia e retirou um tumor no intestino em setembro do ano passado. A orientação do médico era para que fizesse as sessões a cada 15 dias.
O tratamento pós-cirúrgico começou em novembro e foi interrompido no mês passado, quando Cláudia fez a sétima sessão de quimioterapia. Desde então, ela não consegue mais agendar as sessões.
“Eles (no hospital) dizem que quando tiver o medicamento me ligam para marcar”, diz Cláudia. Segundo a dona-de-casa, a quimioterapia não pode ser feita devido à falta de óxido de platina.
Desde a suspensão do atendimento, Cláudia já deveria ter feito outras três sessões de quimioterapia. Ela afirma não ter o que fazer.
“O médico falou que quando começa o tratamento não pode parar porque pode prejudicar a saúde da gente. Sem a medicação a gente não sabe se pode fazer mal ou o que pode acontecer”, reclama.
Questionado sobre o problema, por e-mail, o diretor negou o problema e enviou a seguinte resposta:
“A pergunta não tem qualquer fundamento. Não sei qual sua fonte mas está muito mal informada. A Unidade de Oncologia do Hospital Regional atende mais de 250 pacientes adultos e 60 pacientes pediatricos nos setores de quimioterapia. Em nenhum momento houve qualquer suspensão do atendimento. Ao contrário, a Oncologia é uma das Linhas de Cuidados Assistenciais do Hospital Regional e encontra-se em fase de expansão”.