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Cidades

Dono de carro some e Polícia não sabe se fogo em BR foi criminoso

Nadyenka Castro e Luciana Brazil | 17/03/2013 10:32
Delegado olha o que sobrou do veículo incendiado. (Foto: João Garrigó)
Delegado olha o que sobrou do veículo incendiado. (Foto: João Garrigó)
Fiat Uno ficou totalmente destruído. (Foto: João Garrigó)
Fiat Uno ficou totalmente destruído. (Foto: João Garrigó)

A Polícia Civil investiga se o Fiat Uno encontrado incendiado na BR-262, em Terenos, foi alvo de atentado. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, ainda não é possível confirmar se a situação está relacionada com outros incêndios em veículos. Caso seja constatado que foi mais um ataque, será o nono, só entre a noite de sábado e a madrugada de domingo.

O carro de passeio estava em uma ribanceira quando o Corpo de Bombeiros chegou para controlar as chamas. Uma pessoa que passava pela rodovia foi quem viu o fogo e acionou o serviço de emergência, por volta das 23h30min.

O veículo ficou totalmente destruído e ao lado foram encontradas gotas de sangue. Amostras foram recolhidas pela perícia. A Polícia investiga se foi acidente e se a motivação está relacionada com os atentados.

“Ainda não dá para dizer se é ou não algo relacionado aos atentados em Campo Grande”, declarou o delegado. Ele explica que o incêndio no Fiat Uno tem características diferentes dos casos na Capital. “Em Campo Grande os carros estavam no Centro, na área urbana. Aqui estava em um barranco, local ermo”.

Até a manhã deste domingo não havia registro de roubo nem de furto do veículo e o proprietário não havia sido localizado. A Polícia Civil mantém sigilo sobre a numeração da placa e em nome de quem está o automóvel. A justificativa é porque o carro pode ser de uma pessoa ‘no papel’ e de outra ‘na prática’.

Atentados - Desde a noite de terça-feira, veículos têm sido alvos de criminosos. Com esses casos do fim de semana, já são pelo menos 18.

Na madrugada deste sábado, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) deflagrou operação para cumprir 25 mandados de busca e apreensão na Capital, Três Lagoas e Corumbá.

Em Campo Grande foi preso Estevão de Oliveira Alves, 32 anos, apontado como autor de incêndio aos veículos. O secretário de Justiça e Segurança Pública, Vantuir Jacini descarta a ligação de Estevão com a organização criminosa que age dentro dos presídios.

Ele é suspeito de atear fogo na Toyota Hilux, o Gol, a camionete que vendia frutas na Praça das Araras, a Montana e dois caminhões tipo munk. Câmeras de segurança gravaram o momento em que Estevão incendiou a camionete Hilux e fugiu em seguida. Para a Polícia, ele confirmou ser a pessoa que aparece nas imagens.

Além dos incêndios a veículos, outra situação deixa o clima tenso: investigação policial revelou que a facção criminosa que age dentro dos presídios estaria planejando matar policiais. A primeira vítima foi o policial militar aposentado Otacílio de Oliveira, de 60 anos, no dia 6 de março, em Três Lagoas.

Otacílio foi morto por tiros disparados por quatro homens, entre eles o próprio sobrinho, Cleverson Messias Pereira dos Santos, que já está preso e integra facção. Outros sete criminosos também estão envolvidos no homicídio. Três pessoas estão presas.

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