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Cidades

Dono de escola diz que vítimas deveriam ser mais atentas

Redação | 02/06/2010 15:28

O proprietário da escola Paulistec, que emitia diplomas falsos na Capital, está prestando depoimento na Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) desde às 15 horas desta quarta-feira. Mauro de Napoli chegou acompanhado do advogado e declarou que as vítimas deveriam ter sido mais atentas.

Segundo policiais da delegacia, o proprietário chegou a dizer, em tom irônico, que "as pessoas se acham muito espertas para tirarem o ensino médio em 60 dias", dando a entender que os ex-alunos estavam cientes de que como funcionava a escola.

O delegado titular, Adriano Garcia Geraldo, explicou que Mauro será indiciado por estelionato e crime contra a relação de consumo. A pena para os crimes contra o consumidor deve ser proporcional ao número de vítimas. "Estimamos que ao menos 1.000 pessoas foram lesadas pela Paulistec com diplomas falsos", disse Adriano.

A Paulistec possui 24 unidades no Brasil e possui uma sede em Campo Grande. Os diplomas dos alunos de Mato Grosso do Sul eram emitidos por três escolas do Rio de Janeiro (Futura, Etec, Cebred) e uma de Santa Catarina (Ceja Brasil). A empresa funcionou por 3 anos em Campo Grande, sendo que nos últimos 18 meses os certificados foram emitidos principalmente pela Ceja Brasil.

O advogado da escola catarinense informou que os alunos com certificado da escola serão ressarcidos. De acordo com o delegado da Decon, o ressarcimento das vítimas é uma maneira de não perder o credenciamento junto ao MEC (Ministério da Educação).

Todas as empresas Paulistec pertencentes a Mauro de Napoli não estão no nome dele. As firmas foram abertas no nome de funcionários, citados pelo proprietário como sócios, mas que podem ser laranjas no esquema de falsificação de diplomas. A escola deveria funcionar como um curso preparatório antes de enviar alunos para o Rio de Janeiro para freqüentarem aulas e realizarem provas.

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