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Cidades

Dono de jornal diz que apreensão teve motivação política

Redação | 19/06/2010 09:02

O proprietário do "Boca do Povo", Benedito de Paula Filho, afirmou nesta manhã que a apreensão de sete computadores da redação do seu jornal teve motivação política.

Com o auxílio de policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apreendeu as máquinas ontem.

Segundo B. de Paula, a promessa é que os computadores sejam devolvidos em cinco dias.

Ele garante que a Polícia grampeou seus telefones há cerca de 90 dias e que o problema todo começou depois que seu jornal publicou reportagem envolvendo o deputado federal Antônio Cruz (PP).

"Essa briga começou há algum tempo com a turma do Cruz, a gente deu matéria sobre a Emha, porque ele transformou aquilo lá em um cabide de empregos. Em época de campanha política, as coisas ficam assim", declarou, referindo-se ao espaço político que o parlamentar detém na Empresa Municipal de Habitação.

O proprietário do jornal diz que o deputado o acusa de extorsão. "Mas se você quer extorquir alguém, você não publica a matéria, e nós publicamos", alega.

B. de Paula também criticou a atuação dos policiais, afirmando que o crime organizado "não está dentro das redações" e que a ação do Gaeco "é um absurdo".

A previsão é que o Ministério Público dê um parecer sobre a causa da apreensão na próxima segunda-feira.

B. de Paula garante que o jornal circulará normalmente neste fim de semana, independente dos problemas ocorridos.

O deputado Antônio Cruz foi procurado por telefone pela reportagem do Campo Grande News, mas não pode atender, por estar participando de um mutirão de saúde no município de Jardim.

A assessoria do parlamentar informou que ele move ação por calúnia e difamação na Justiça contra o dono do jornal Boca do Povo, mas que Cruz não tem relação com a apreensão dos computadores.

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