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Cidades

Dono de jornal pode responder por morte e 3 tentativas

Redação | 23/11/2009 11:29

O proprietário do jornal Independente, Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60 anos, poderá ser indiciado pela morte de Rogério Mendonça, 2 anos, além da tentativa de homicídio contra três pessoas: o avô do menino, João Afonso Pedra, 52 anos, o tio Aldemir Pedra Neto, 22 anos, e a irmã do garoto, Ana Maria Mendonça, 5 anos.

A informação é do delegado do 1º DP (Distrito Policial) de Campo Grande, Márcio Custódio, que investiga as circunstâncias que terminaram com a morte do menino após briga de trânsito na Avenida Mato Grosso.

Custódio revela que o inquérito policial deve ser concluído até sexta-feira (27/11) com o indiciamento de Gonçalves, que está preso no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros).

Segundo o delegado, as testemunhas ouvidas até o momento não confirmam a versão do empresário, que alega ter sido fechado pela caminhonete L 200 dirigida por Aldemir.

Prestaram depoimento os envolvidos na confusão e três pessoas que não pertencem à família.

Uma das testemunhas foi à delegacia voluntariamente e contestou as declarações de Gonçalves.

Esta pessoa afirma ter visto apenas um "empurrão" entre Aldemir e o dono do jornal, diferentemente do que foi dito por Gonçalves.

Aldemir confirma que empurrou a mão de Gonçalves, que teria apontado o dedo contra seu rosto.

Na versão do tio da criança, este foi o gesto mais agressivo que teve contra Gonçalves, que conduzia o veículo Fox.

Também prestou depoimento a condutora do veículo Pálio que foi atingido pela caminhonete de Aldemir depois que o menino e o avô foram baleados.

Ela seguiu a L 200 até a Santa Casa de Campo Grande porque não sabia o que havia ocorrido e, somente no hospital, descobriu do que se tratava.

A estudante Ana Rita Dias Rodrigues, 18 anos, que também prestou depoimento à Polícia, concedeu entrevista ao Campo Grande News .

Ela estava em frente ao colégio da Avenida Mato Grosso, perto do local de onde Gonçalves atirou para dentro da caminhonete em que estavam os dois irmãos e o avô das crianças.

A jovem conta que viu os carros e, ao ouvir os disparos, pensou que pudesse ser bomba ou uma moto.

"Foi um susto em frente da escola. A gente acha que está seguro mas não está", conclui.

O caso - Depois de discutirem em dois cruzamentos da Avenida Mato Grosso, com a Ernesto Geisel e a Calógeras, os motoristas pararam perto da escola e, de dentro do Fox que dirigia o dono do jornal atirou para dentro da caminhonete.

Os disparos acertaram o menino e o avô.

Rogério Mendonça, o Rogerinho, não resistiu ao tiro no pescoço e o avô está bem.

Na tarde do crime, 18/11, Aguinaldo Ferreira Gonçalves se apresentou à Polícia e teve prisão preventiva decretada.

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